Itamaraty pede que ativista brasileira aguarde as investigações em liberdade

Hoje em Dia
01/10/2013 às 19:05.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:57

O Ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, solicitou ao embaixador do Brasil em Moscou, Fernando Barreto, a assinar uma “carta de garantia” pela ativista gaúcha do Greenpeace, Ana Paula Maciel.

A brasileira faz parte do grupo de 30 pessoas que estão presas provisoriamente desde o último dia 19, após um protesto pacífico contra a exploração de petróleo no Ártico.

Pelo documento, o governo brasileiro pede que Ana Paula aguarde as investigações em liberdade, garantindo às autoridades russas que ela terá bom comportamento e que se apresentará à Justiça enquanto for requisitada.
 
Até esta terça-feira (1°), nenhuma acusação formal havia sido feita ao grupo. No entanto, a decisão da Justiça russa foi pela prisão preventiva de todos, pelos próximos dois meses – prazo máximo para a conclusão do inquérito sobre pirataria. Na Rússia, o delito de prática de pirataria pode ser punido com até 15 anos de prisão.


O Comitê de Investigação russo afirmou que, nesta quarta-feira (2), serão apresentadas acusações formais às ativistas Dima Litvinov, dos Estados Unidos, e Sini Saarela, da Finlândia.
 
“Não recebemos qualquer informação oficial sobre o conteúdo dessas acusações”, afirmou Ben Ayliffe, coordenador da campanha do Ártico do Greenpeace Internacional, rechaçando a hipótese de pirataria. “Qualquer acusação de pirataria contra protestos pacíficos é absurda e não tem mérito algum nas leis russas ou internacionais. Os ativistas agiram pacificamente contra os riscos de exploração de petróleo no Ártico pela empresa Gazprom”.
 
A embaixada brasileira em Moscou continua a manter contato permanente com o advogado de defesa de Ana Paula, com o Greenpeace e com as demais embaixadas de países envolvidos no caso.

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