(Eugênio Moraes)
Liberdade... Esse era o grande sonho que os amigos William S. Harley e Arthur Davidson já buscavam desde o inicio do século passado, em sua pequena oficina com 8 m² no frio nordeste americano. Fiel a esse ideal e batizada com um nome que significa principalmente fuga ou resgate, a Harley-Davidson Softail Breakout veio para propor a quebra das amarras da rotina, oferecendo muito vento no rosto, passeio sem hora marcada e desejo de que a estrada não termine nunca.
Largadão com os pés para frente, braços esticados estilo “seca sovaco” e coluna ligeiramente inclinada para trás, a posição de pilotagem é muito agradável. Se quiser adrenalina, incline-se para frente e “gire” o punho. Nas curvas o centro de gravidade próximo ao chão permite longas e deliciosas inclinações. Descontração é a palavra! Tudo na Breakout é simples, não existem complicadas programações ou profusão de informações no painel, é ligar e sair andando.
Prova da filosofia voltada para a “curtição” é o fato de o fabricante deliberadamente não informar a potência, acham que quem está preocupado com números e o “stress” das competições deve procurar outra moto. Tudo o que informam, orgulhosamente, é que suas motocicletas têm potência de sobra para a segurança e prazer que o consumidor precisa. Verdade seja dita, são pujantes em força, tem a atmosfera de tempos saudosos e proporcionam muito prazer.
Harley-Davidson Softail Breakout
O QUE É?
Bem ao gosto Harley que frequentemente propõe a mistura de vários estilos, tem a roda traseira larga como uma “Dragster”, o garfo dianteiro inclinado como nas “Chopper”, mas pelo corpo “limpo”, pedaleiras avançadas e assento baixo, é uma “custom”.
ONDE É FEITO?
Fabricação americana, montagem Manaus.
QUANTO CUSTA?
R$ 73.700.
COMO ANDA?
1.600 cm3, muita força em baixas rotações, arrancadas rápidas e fôlego na estrada. O fabricante não divulga, mas estima-se potência de 70 cv, final 170 km/h e 0 a 100 km/h em 5 segundos.
COM QUEM CONCORRE?
Embora seja difícil fazer comparações com uma máquina tão particular, quem aprecia a Breakout provavelmente também se interessaria pela Triumph Tunderbird Commander que custa 54.790.
COMO BEBE?
Consumo entre 16/20 km/l (cidade/estrada).
COMPORTAMENTO:
Ciclística leve com reações do guidão adequadas à inclinação. Seis marchas, engates firmes e embreagem pesada. Freio eficiente com ABS e um disco em cada roda. Nas curvas, boa aderência. A suspensão é firme, o assento do piloto muito confortável, mas a “almofadinha” do garupa é minúscula. Se não quiser perder a namorada no meio da estrada na primeira acelerada forte, é melhor instalar um encosto “Sissy bar”.
ACABAMENTO:
Montagem e acabamento primorosos.
CONCLUSÃO:
Uma máquina para quem quer exclusividade, simplicidade e o estilo das antigas desbravadoras americanas. Na estrada a sobra de potência permite rapidez e segurança. Na cidade, como a largura não é tão grande, é ágil e passa com relativa facilidade nos corredores.
PONTOS POSITIVOS:
Estilo
Força
Estabilidade
PONTOS NEGATIVOS:
Pouca eletrônica
Suspensão traseira “curta”
Peso