O impacto do esfacelamento da imagem dos partidos e lideranças tradicionais oriundos da “Lava Jato” pode propiciar o surgimento de candidatos presidenciais que colocam-se como não pertencentes ao campo político ou com discurso radical.
Tão logo veio à tona a lista bomba, o deputado Jair Bolsonaro (PSC), por exemplo, usou as redes sociais para propagar a não citação ao nome dele. Bolsonaro é tido como um dos nomes para as eleições presidenciais de 2018.
“É uma crise sistêmica, com um quadro no qual a legislação de financiamento é inadequada. Ninguém tem conseguido cumpri-la, e os mecanismos de controle e prestação de contas estão prejudicados. Nesse cenário, é perigoso figuras que surgem como ‘diferentes’ de todos os outros, afirmando que vão trazer soluções”, diz o cientista político Lucas Cunha.
Sobre as regras eleitorais, Lucas e Malco Camargos, da PUC, reforçam que, ainda que haja uma resistência de parcelas da opinião pública, a tendência é que se caminhe para o aumento dos recursos do fundo partidário, bem como o fechamento da lista ordenada para votos em deputados e vereadores (com o voto passando a ser em partidos e não diretamente no candidato).
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