PORTO ALEGRE - Mais de dois dias após tempestades que deixaram ao menos 10% do Rio Grande do Sul sem luz, milhares de moradores do Estado continuam com o fornecimento de energia elétrica interrompido.
A situação é pior na região metropolitana de Porto Alegre, onde no fim da tarde desta quinta-feira (13) ainda havia 9 mil imóveis com o abastecimento cortado. Em todo o Estado, são ao menos 15,6 mil clientes prejudicados há mais de 60 horas.
A situação gerou problemas no abastecimento de água e levou moradores a promover protestos de rua em Porto Alegre na quarta-feira (12). O Ministério Público do Estado decidiu instaurar inquérito civil para apurar falhas da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).
O Procon de Porto Alegre cobrou da empresa explicações sobre a demora no reestabelecimento.
O vendaval da madrugada de anteontem derrubou árvores e postes, afetando a rede de distribuição de energia. Em alguns pontos do Estado, os ventos passaram de 100 km/h.
No Rio Grande do Sul, apagões após tempestades viraram rotina. Em nota, a CEEE falou que o modelo de redes vem sendo trocado nos últimos anos por um padrão com mais durabilidade e segurança. Segundo a empresa, o investimento de 2012 é superior ao dobro da média dos anos anteriores.
Diz ainda que nesta semana mobilizou toda sua equipe nos trabalhos de recuperação e contratou emergencialmente pessoal adicional.
Outra concessionária que atua no interior gaúcho, a AES Sul afirma que um outro temporal, na última madrugada, deixou mais 15 mil clientes sem luz na região da fronteira com o Uruguai.