Logotipo Rádio HED

Redação: (31) 3253-2226

Comercial: (31) 3253-2210

Redação: (31) 3253-2226 - Comercial: (31) 3253-2210

Mais prazo para a Usiminas

Publicado em 15/07/2016 às 08:52.Atualizado em 16/11/2021 às 04:18.

Os bancos aceitaram e fecharão hoje com a Usiminas a prorrogação do acordo de standstill (suspensão dos pagamentos dos compromissos da dívida) por mais 60 dias. O acordo inicial era válido por 120 dias, prazo que venceu ontem. A prorrogação tem o objetivo de dar mais tempo para que a empresa feche a operação de aumento de capital em R$ 1 bilhão, pré-condição para que seja firmado o acordo principal de reestruturação global das dívidas da empresa.

Outra novidade é que a Usiminas conseguiu alvará judicial, na segunda instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, para a liberação dos R$ 178,8 milhões que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) havia depositado em juízo, referente a sua participação no aumento de capital da siderúrgica mineira. A CSN, que é a maior acionista minoritária da Usiminas (cerca de 15% do capital votante e 20% do capital total), fez o depósito judicial porque não concorda e move ação contra a operação de aumento de capital.

Por conta dos trâmites jurídicos, a entrada do dinheiro da CSN no caixa da Usiminas ainda demorará mais alguns dias. Mas, como este era o último obstáculo à conclusão da operação de capitalização da empresa, já aprovada por maioria dos acionistas, os bancos se sentiram mais confiantes para prorrogar a suspensão dos pagamentos.

Com a entrada em caixa do dinheiro da CSN, a operação de capitalização estará oficialmente concluída. Uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) dos acionistas da siderúrgica está marcada para o próximo dia 19 para formalizar a conclusão da operação.



As bases do acordo principal foram tratadas em sigilo, mas o cruzamento de informações com mais de uma fonte dá conta de que a Usiminas conseguiu rolar sua dívida de R$ 7,5 bilhões (ao final de março) em condições bastante [/TXT_COL]favoráveis. O juro será de 3% ao ano mais correção pelo CDI, pagamento em dez anos, com três de carência, e amortização de 5% do principal no quarto ano, de 10% no quinto, e de 17% pelos cinco anos subsequentes.

Os bancos brasileiros detém 75% do total da dívida da siderúrgica e restante está em mãos de três bancos japoneses: JBIC (o Banco Japonês de Cooperação Internacional), Bank of Tokyo, Sumitomo Banking e Mizuho . Com eles, as negociações também estariam na reta final e os termos da reestruturação da dívida não são conhecidos.

Em breve, o caixa da Usiminas também será reforçado pela transferência de algo em torno de R$ 700 milhões, dos R$ 1,2 bilhão que a empresa tem direito sobre o caixa da Mineração Usiminas (Musa).

Enfim, boas notícias para a Usiminas, pelo menos na área financeira.



A queda de 5% das ações da Cemig na quarta-feira foi só um soluço. Ontem, os papéis da elétrica voltaram a disparar 6,5%. O mercado continua eufórico com a possibilidade de venda de ativos da empresa a serem utilizados na redução da alavancagem (hoje em 4,5 vezes a geração de caixa pelo conceito ebitda). No ano, a valorização já é de mais de 50%. Mas a boataria que precede os momentos de valorização (negociações em andamento com grupos chineses para venda de Gasmig, de Taesa, de Santo Antônio, de Cemig Telecom), me faz desconfiar fortemente de que o movimento seja meramente especulativo.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por