Desejo e fascínio acompanham as peças em metais, diamantes e pedras preciosas

Cris Carneiro - Hoje em Dia
21/06/2015 às 09:17.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:34
 ( Gui Paganini)

( Gui Paganini)

“Os homens passam, os diamantes ficam”, essa é uma das frases eternizadas pelo maior símbolo sexual de todos os tempos, Marilyn Monroe. A atriz, cantora e modelo norte-americana deixou claro seu fascínio pelo diamante, que como ela dizia, é o “melhor amigo de uma mulher”.

É impossível pensar em brilhantes sem associar a imagem da loira, que remete a glamour, requinte e sex-appeal. Mesmo que polêmicas rondem a fala de Marilyn, verdade seja dita: quem consegue resistir ao poder de uma bela joia? A delicadeza, construção e sensibilidade de uma peça passam pelas mãos do designer que tem a missão de a cada coleção encantar os clientes, provocando desejo e fascínio, já que uma bela peça representa beleza, sedução e poder. Quando a joia surge como opção de presente traz a responsabilidade de marcar um momento especial.

Em Minas Gerais, Manoel Bernardes é um dos ícones desse universo e explica que cada peça precisa carregar atributos emocionais para que seu potencial comprador se identifique: “O luxo por si só não conquista o consumidor. É preciso um contexto emocional, que faça a pessoa identificar e desejar aquele objeto. A joia precisa estar revestida de atitude e personalidade”, explica Manoel Bernardes, presidente da joalheria que leva seu nome.

Segundo a designer de joias Lis Haddad, que foi finalista do concurso Anglogold Auditions, a joia é um objeto comunicador que, assim como a arte, pode ser disparador para questionamentos, quebras de paradigmas e novas construções de pensamentos e subjetividades. “Desde o início dos tempos, quando os homens se preparavam para caçar e vestiam cordões com dentes dos animais esperando incorporar sua força até hoje quando alguém é pedido em casamento e aceita compartilhar o amor representado por uma aliança, o que se quer mesmo é o contexto da joia, muito além do objeto em si”, explica.

A designer de joias capixaba Carla Buaiz também acredita nessa áurea que envolve a produção de cada peça. “Os elementos que compõem as joias são individualmente especiais e carregados de energia. Alguns trazem poder, força e eternidade, já outros carregam paz, equilíbrio e serenidade. Além desses, têm também aqueles que estão relacionados à proteção e ainda os que imprimem amor. Por isso, a joia é tão importante, representa e apresenta, inspira e define”, argumenta Carla.

A Manoel Bernardes lança semestralmente uma nova coleção. “Na primeira fase da criação, pensamos nos aspectos comerciais, incluindo um olhar para as vendas da última coleção, para entender qual é o sentimento do consumidor em relação aos nossos produtos. A marca evolui, se renova por meio do trabalho dos designers, mas com continuidade, sem perder a identidade que o cliente já conhece”.


Joalherias familiares mantêm tradição do feito a mão

Outra joalheria que ao longo dos anos tornou-se uma potência no setor é a Talento Joias. Recentemente, a marca movimentou a sociedade mineira com a festa em comemoração dos 25 da empresa. Segundo a diretora da Talento, Maria Tereza Géo Rodrigues, as joias causam fascínio porque são eternas. “Em muitos casos, marcam um momento especial da vida de uma pessoa. Uma joia é passada para outras gerações, tem história, tem alma. É fascinante saber que a partir do desenho em um papel a joia será esculpida com perfeição pelas mãos dos nossos artesãos. Esse trabalho handmade é admirável”, conta Maria Tereza. Ela acrescenta que o sucesso do negócio pode ser atribuído à dedicação total de todos da família. “Trabalhar em família é um privilégio no qual a seriedade e o respeito se fazem fundamentais”.

No caso da joalheria Gioielli Pantalena, o trabalho em família também é atributo de sucesso. A trajetória da marca começou na década de 30, quando o patriarca da família, o italiano Francesco Pantalena, abriu sua primeira oficina, no centro de São Paulo. O comando da empresa passou de geração a geração e agora está nas mãos de Mário Pantalena, que recentemente fechou parceria com Patricia Bonaldi. “Meu avô se consagrou no ramo e transmitiu ao meu pai e a mim seu conhecimento e paixão pelo ofício. Acredito que o segredo do sucesso da marca esteja ligado à combinação entre tradição e atualidade, além do comprometimento com o exclusivo e a qualidade da confecção”, finaliza.

Minas, o berço de tudo

Em Minas Gerais, a extração de ouro no século 18, na antiga Vila Rica (Ouro Preto) fez com que o governo criasse a Estrada Real, que seguia até o Rio Janeiro. O estado do ouro, do diamante e das pedras preciosas é hoje também um dos principais mercados consumidores do país. “As mineiras são mulheres vaidosas e, assim como as joias, carregam em sua cultura a tradição”, acredita a diretora da marca Talento Joias, Maria Tereza. O bom gosto das mineiras é conhecido em todo o mercado. Para a designer Carla Buaiz, Minas é um mercado especial, já que as mineiras têm estilo próprio, são fortes, seguras de si mesmas e com personalidade. “Entendem de joias, valorizam a exclusividade, a peça assinada. São mulheres exigentes, que não consomem porque está na moda, mas sim porque se apaixonam pela peça”.

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