Com os termômetros marcando temperaturas em elevação, o desejo de mostrar o corpo é proporcional à avalanche de novidades que foi apresentada durante o Minas Trend. A semana de moda mineira colocou Belo Horizonte no epicentro da cadeia (unindo novidades da passarela com o salão de negócios e venda). Parte do sucesso dessa 15ª edição, que encerrou o inverno 2015, na última sexta-feira (dia 10), é atribuída às apostas. Junto com a temporada de frio, a vontade de usar saia mídi (sim, a peça nesse comprimento vem pra valer), muita sobreposição de camisa (principalmente branca) por baixo de vestidos e blusas, calça sob saias e até meia por baixo de calça.    Enquanto o comprimento da saia desceu para o meio da panturrilha, a calça subiu. Maior que uma bermuda e menor que uma capri, a calça do inverno 2015 é certamente curta e pode ser usada com chinelo e mocassim como orienta a cartilha da descontração a que se tem direito. Sob o signo de abraçar o corpo com elegância, a alfaiataria se faz presente e é modernizada por tecidos mais leves e com tecnologia, além de incrementada por elementos utilitários como zíperes e botões. O artesanato, aspecto unipresente e determinante no DNA de grande parte das marcas mineiras, aportou revigorado por texturas e coberturas diferenciadas. O Bela selecionou quatro apostas fresquinhas – alfaiataria, preto e branco, texturas e anos 50 –, apresentadas diretamente da passarela do evento. É tempo de sonhar com dias mais frios e apostar que em abril de 2015 (data da 16ª edição do evetno) tem mais .    Anos 50 O corte godê da saia de cintura marcada é o primeiro sinal que, sim, o comprimento mídi chegou pra ficar no cardápio do inverno 2015. Para modernizar o “New look”, a Jardin recriou saia e top cropped de vinil e fez perfurações que lembram as luzes do trânsito e de janelas de edifícios. A pegada urbana também conquistou a Mabel Magalhães, marca que combinou saia godê com camisa mais solta e casacos rebordados. Fabiana Milazzo explorou o tema joiautilizando seda lisa com tule e bordados de cristais que embelezam a peça.   Alfaiataria Elementos utilitários, como zíperes e botões, se uniram a referências esportivas, recriando uma alfaiataria menos séria e mais relaxada para o inverno 2015. Peças com modelagem afastada do corpo, a exemplo de calças mais curtas e casacos longos, são apostas, assim como bermudas e macacões (peça-chave da temporada). Na Mabel Magalhães, os casacos são estruturados, enquanto a calça tem volume oversize e se adapta com eficiência à correria do dia a dia. Inaugurando a passarela do evento, a linha Herchcovitch do inverno 2015 é revigorada com zíperes, pences e cores vibrantes.   Textura A mistura de materiais na cobertura da roupa não só cria atmosfera de luxo como reforça a importância do trabalho artesanal. E não são poucos os aspectos que recobrem a peça como bordados, tramados, franjas e alto-relevo. A moda festa da Vivaz revisitou as divas dos anos 70, mostrando bordados salpicados de brilho em vestidos de tecido nobre. Alessa, por sua vez, investiu no brilho espelhado. De maneira bastante peculiar, Lucas Magalhães renovou o tricô da Faven com pelos, nervuras , jacquard s únicos e transparência.   P&B A dupla preto e branco ganhou borrifadas de perfume luxuoso em estampas gráficas, florais abstratos e peças de modelagem mais reta . O tema é tão importante que norteou o trabalho do stylist Paulo Martinez na concepção dos looks do desfile de abertura do evento, batizado de “Arca de Noé Fashion” . Listras pretas mais grossas sobre fundo branco brincam pelo casaco Fátima Scofield. O chapéu preto e a gravata branca fazem coro. Calça preta da marca Primeira Etapa com bordados em alto-relevo, se tornou a escolha perfeita para contrastar com a jaqueta bomber branca transparente de Marceli RCA.   Confira abaixo os looks selecionados pelo caderno Bela:

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