Dieta para 'frear' a velhice: smartfood, a comida inteligente, se baseia no prato dos italianos

Patrícia Santos Dumont
pdumont@hojeemdia.com.br
09/03/2017 às 15:47.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:40

Eles são donos de uma das gastronomias mais populares, fartas e saborosas do mundo e parecem, agora, ter descoberto também a fórmula da longevidade. Vem dos italianos uma dieta ainda pouco conhecida, mas que chama a atenção não só porque promete manter a silhueta enxuta, mas porque propõe “congelar” os genes do envelhecimento.

Batizada de Smartfood (comida inteligente, na tradução para o português), tem uma metodologia muito simples: preconiza nada mais do que o consumo de 30 corriqueiros itens (já presentes em nossa rotina) que, ao mesmo tempo em que protegem nosso corpo, dialogam com o DNA. Confira cada um deles e os benefícios que oferecem no infográfico abaixo.

Pesquisadora e nutricionista italiana, a coordenadora do projeto Smartfood no Instituto Europeo di Oncologia, em Milão, na Itália, Lucilla Titta reforça que nenhum alimento é excluído do cardápio, nem mesmo os pães e massas, figurinhas carimbadas nas mesas do país da bota. 

A preferência no entanto, regra válida inclusive para qualquer plano de alimentação saudável, vai para os produtos integrais e de origem vegetal, os bons e velhos legumes e verduras.

Longevidade e proteção

Titta é uma das autoras do livro A Dieta Smartfood – Os 30 alimentos que estimulam a longevidade. A obra indica e descreve os benefícios de cada um dos alimentos subdivididos entre os que são capazes de regular a longevidade pelas vias genéticas longevity smartfood e os que nos defendem de doenças protective smartfood.

“Duas categorias de alimentos inteligentes trabalham para nos proteger do câncer, de doenças neurodegenerativas e cardiovasculares e também da obesidade. Vinte influenciam os caminhos genéticos, nos ajudam a acrescentar mais anos à vida e também vida aos anos. E outros dez são protetores, ricos em vitaminas, minerais e substâncias úteis e que protegem o corpo”, detalha a nutricionista e autora do livro, em entrevista exclusiva ao Hoje em Dia. 

Esbeltos

Ao contrário do que se pode imaginar, comer um pouco de tudo, até mesmo os temidos carboidratos, famosos inimigos das dietas de restrição calórica, está longe de elevar os ponteiros da balança. Prova disso é que os italianos encabeçam a lista dos países com o menor número de obesos no mundo, conforme levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 10%. No Brasil, quase metade da população está acima do peso.

A posição italiana no ranking é atribuída ao menu balanceado, do qual fazem parte muitos pães e massas, mas também frutas, vegetais e azeite de oliva. Aos italianos cabe também uma das mais altas expectativas de vida do planeta (a sexta no ranking global): 82,7 anos, apenas um a menos em relação aos japoneses, os mais longevos. 

A alimentação smartfood tem a finalidade de evitar o sobrepeso, prolongar a juventude do corpo e prevenir patologias ligadas ao envelhecimento, tudo sem deixar de lado o prazer e a boa convivência à mesa.

A smartfood contempla duas fases: start – auto-avaliação do peso corporal e da alimentação, e smart – implementação dos esquemas com as porções recomendadas, conforme as categorias de cada alimento

Você pode substituir...

Segundo os pesquisadores italianos que referendam a dieta Smartfood, os hábitos alimentares são os verdadeiros responsáveis por uma dieta mais saudável, equilibrada e, portanto, benéfica para o organismo.

No livro “A Dieta Smartfood – Os 30 alimentos que estimulam a longevidade”, eles listam uma série de substituições simples e capazes de fazer uma enorme diferença, principalmente nos ponteiros da balança. 

Anote aí:
– Substituir um croissant no café da manhã por uma fatia de pão integral = menos 100 kcal
– Comer uma maçã no lugar de quatro biscoitos = menos 80 kcal
– Trocar um copo de cerveja por uma xícara de chá = menos 120 kcal
– Cortar pela metade a fatia da torta = menos 100/200 kcal
– Tomar água no lugar de uma bebida açucarada = menos 100/120 kcal
– Temperar saladas com azeite, vinagre ou limão e abandonar a maionese e outros molhos = menos 50 kcal
– Eliminar 4 colheres de açúcar das xícaras de chá ou do cafezinho ao longo do dia = menos 160 kcal 

Confira a lista de alimentos "prescritos" na dieta e conheça os benefícios de cada um para o organismo:Editoria de Arte

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