Bares e restaurantes mudam rotina e apostam no delivery para driblar a crise

Luciano Dias
@jornlucianodias
20/03/2020 às 19:56.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:02
 (Divulgação/ Porcão)

(Divulgação/ Porcão)

É uma nova realidade. Na porta dos bares e restaurantes, vários motociclistas à espera da próxima entrega. A propagação do coronavírus tem alterado rotina dos estabelecimentos, que apostam no delivery para reduzir o prejuízo. 

Em Belo Horizonte, a prefeitura decretou, a partir desta sexta-feira (20), a suspensão de atividades com potencial de aglomeração de pessoas. Com isso, os bares e restaurantes ficam fechados para os clientes entrarem, mas abertos para entregas.

No Ancho, restaurante especializado em carnes nobres, o delivery é uma novidade nos 11 anos de existência do estabelecimento. “Trabalhamos com delivery próprio, com muita divulgação em redes sociais, e já nos cadastramos nas plataformas. Hoje, por exemplo, operamos no almoço e vendemos quase a metade apenas no primeiro dia. De uma hora para outra, mudamos toda a logística de funcionamento e material de divulgação”, explicou Fábio Monteiro, gerente do Ancho. 

O Porcão, umas principais churrascarias da capital mineira, tem implementado novidades para facilitar a vida dos clientes. O estabelecimento aprimorou ainda mais as vendas por delivery. O “Pegando Boi”, por exemplo, é um segmento criado para funcionar como uma marmitaria. É como se fosse um outro restaurante, mas direcionado ao delivery. 

“A entrega está focada na plataforma iFood. E a gente está lançando outros produtos.Tem também o Meet Sushi, que é a comida japonesa do Porcão. Tudo com preços atrativos usando a cozinha do Porcão”, ressaltou Fernando Júnior, presidente do Grupo Meet, responsável pelo estabelecimento. 
 Divulgação/ Porcão 


“Além do delivery, o cliente pode acessar o site clubeporcao.com.br e ter a possibilidade de fazer o pedido para ele mesmo ir buscar”, completou. 

Outro restaurante que tem apostado em entregas é o Maria das Tranças, que existe há mais de 70 anos em Belo Horizonte. Segundo Ricardo Rodrigues, diretor do estabelecimento e presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), ainda não é possível dimensionar o tamanho dos prejuízos, mas o delivery é uma boa maneira de amenizar possíveis transtornos. 

“A gente abriu hoje para o delivery. Vieram alguns pedidos no horário do almoço, um pouco mais do que uma sexta-feira normal. Estamos abertos, explicando para alguns clientes a situação. Inclusive, muitos pedem para entrar no restaurante. Temos que ver se manter o delivery pode dar resultado. Verificar se isso é a saída, se é real. Tem que ser tudo na ponta do lápis, entendendo a questão da operação, embalagem, equipe”, ponderou. 

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