Plantas alimentícias não convencionais chegam à mesa

Da Redação
territorios@hojeemdia.com.br
17/07/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:20
 (Divulgação)

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Lírio-do-brejo, bertalha, mutuquinha, pobre-velho, serralha, capeba, vinagreira, ariá, araruta e ervilha-borboleta são nomes poucos conhecidos, mas que vêm atraindo a atenção e o respeito de grandes chefs.

Conhecidas por “pancs”, Plantas Alimentícias Não Convencionais, essas espécies ainda são pouco exploradas nas cozinhas e utilizadas no dia a dia, na maioria das vezes por falta de conhecimento. 

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), graças aos interesses comerciais da agroindústria, o número de plantas consumidas pela humanidade caiu de 10 mil para apenas 170. 

Conforme a nutricionista e extensionista rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) Ângela Márcia Monteiro Tavares, as pancs são extremamente importantes para segurança alimentar, “além do teor de nutrientes, são muito versáteis no seu preparo, o que acaba colaborando para a diversificação da alimentação”, explica.

Onde estão?

As pancs são encontradas facilmente nos quintas, hortas e em matas, crescem de forma espontânea e muitas vezes as tratamos como erva daninha, arrancando-as sem dó. 

No livro “Plantas Alimentícias não Convencionais (panc) no Brasil”, de 2014, o biólogo Valdely Kinupp e o engenheiro agrônomo Herri Lorenzi catalogaram 351 espécies de plantas entre nativas ou não, revelando uma infinidade de sabores e texturas. 

Segundo Ângela, dentre as plantas catalogadas estão alguns nomes já presentes nas cozinhas “Algumas ganharam espaço em certos nichos de mercado como o ora-pro-nóbis, em gôndolas de supermercados, feiras livres e como tema de festivais gastronômicos”, conta. Divulgação / N/A

Planta comestível: peixinho

 Flores

Assim como as pancs, as flores chegam às cozinhas não só mais em decorações, agora perfumam e enriquecem os pratos. Como é o caso da chaguinha ou capuchinha, como é mais conhecida.

Nativa do Peru, a flor foi introduzida na Europa no fim do século XVI, e hoje é cultivada no mundo. Com característica picante e de leve amargor, folhas e flores lembram agrião e mostarda, e podem ser adicionadas a saladas, omeletes, empanadas e até mesmo utilizadas em tortas doces. Divulgação / N/A

Planta comestível: capuchinha

 Sabores

Rica em vitamina C e minerais, a flor é versátil e enriquece as preparações, quando fatiada em pequenos pedaços ela dá sabor aos vinagretes e molhos, já as folhas mais suculentas e com sabor intenso são utilizadas cruas ou salteadas e servidas como guarnições. 

A magia da flor está nos frutos que são aproveitados como picles que lembram bastante as famosas alcaparras. Além de charmosa, a flor é digestiva e auxilia a limpar o sangue das impurezas. 

Mesmo que lindas e saborosas a nutricionista recomenda: “o mais prudente é optar pelas cultivadas de forma orgânica e aquelas mais conhecidas. Algumas podem ser perigosas para a saúde.” 

Lavanda, calêndula, borago, rosa, alecrim, do manjericão e do tomilho, além de lindas, são comestíveis e ficam perfeitas em saladas, pratos quentes, sobremesas e drinques. Divulgação / N/A

Planta comestível: capiçoba

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