
A prática não é nova e já foi usada por muitos torcedores na Copa das Confederações, em maior intensidade, mas também na Copa do Mundo.
Com o Brasil passando por um momento político conturbado, o surgimento de cartazes com mensagens políticas no meio do público foi uma
prática recorrente. E essa é uma preocupação dos organizadores da Olimpíada do Rio de Janeiro, que não permitirão manifestações que não
estejam diretamente ligadas aos Jogos e atletas.
Quem garante é Renato Baresani Paes, gerente regional da Rio 2016 para a cidade de Belo Horizonte, que será uma das sedes dos jogos de
futebol dos torneios feminino e masculino.
"Na passagem da Tocha já existe essa preocupação. Antes vem uma equipe de segurança, da Polícia Militar, fazendo uma espécie de varredura. É
lógico que por ser na rua, alguma coisa escapa. Mas dentro do Mineirão, já que cuido de Belo Horizonte, esse tipo de manifestação política não
será permitida e haverá sim a tomada do material, pois só são permitidas as marcas olímpicas dentro dos locais de competição", avisa Paes.
Donovan Ferreti, diretor de ingressos do Comitê Rio 2016, lembra ainda que no momento da compra, o torcedor precisa se identificar e terá o
nome registrado no ingresso. E que as atitudes tomadas pelo portador daquele bilhete é o responsável pelos atos.
"Temos o Termo de Condições de acesso ao estádio. Queremos que as pessoas apoiem os atletas. Tudo o que viemos acompanhando são
manifestações pacíficas de apoio aos atletas e esperamos que isso continue até o final dos Jogos. Existe o aviso. Dependendo da mensagem que
você tem no cartaz. Ela não pode ser ofensiva. É uma festa do esporte", garante Donovan Ferreti, diretor de ingressos do Comitê Rio 2016.