Manifestantes saem em passeata e bloqueiam a av. Ipiranga

Folhapress
13/06/2013 às 19:13.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:06

SÃO PAULO - Os cerca de 5 mil manifestantes que se reuniam na praça Ramos, na região central de São Paulo, em protesto contra as passagens de ônibus, metrô e trens, iniciaram passeata em direção a praça Roosevelt. Por volta das 18h30, o grupo seguia pela avenida Ipiranga, que estava bloqueada.

As pessoas começaram a se concentrar por volta das 16 horas, quando já havia grande quantidade de policiais no local, inclusive fechando o viaduto do Chá, onde fica a Prefeitura de São Paulo, e revistando e interrogando pessoas. Antes mesmo do início da passeata, já havia 30 pessoas detidas.

Os primeiros detidos foram cinco jovens que passaram pela revista dos policiais militares que montaram dois cordões de isolamentos nos dois lados do viaduto do Chá, onde fica a prefeitura. Todos no local passam por revista e interrogatório. Ao menos um deles tinha vinagre, que é usado para amenizar os efeitos do gás lacrimogêneo. Momentos depois foi apreendido um outro grupo de pessoas na praça do Patriarca. A polícia não informou a razão da detenção, mas eles foram levados para o 1º DP (Sé) e para o 78º DP (Jardins). Entre os detidos está o repórter da "Carta Capital", Piero Locatelli.

Um grupo chegou a cercar e pichar um ônibus na frente do edifício Itália. Os passageiros tiveram que descer. O medo de confusão durante o protesto fez com que muitos comerciantes fechassem as lojas na região central. "Tem que fechar porque está todo mundo com medo da violência", disse uma funcionária da lanchonete Municipal, na praça Ramos. O estabelecimento, que costuma fechar às 22 horas, fechará às 17 horas.

Um vendedor das Casas Bahia disse que a loja começou a fechar às 16h, enquanto o normal seria às 21 horas. A reportagem viu o momento em que o funcionário desceu metade da porta. Segundo a assessoria de imprensa das Casas Bahia, a loja está funcionando normalmente.

Ao menos dez dos lojistas que mantiveram as lojas funcionando deixaram as portas entreabertas. Na rua Xavier de Toledo, 98, sede da Marítima Seguros, os funcionários foram dispensados às 15h30, quando o horário normal é às 18 horas. O porteiro de um edifício comercial da região, que preferiu não ser identificado, disse que "no protesto da semana passada teve muito problema porque os funcionários não conseguiram ir embora devido à confusão. Por isso, [hoje] já foram embora".

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