(Lucas Prates/ Hoje em Dia)
Cerca de 200 mil pessoas deixaram de usar o metrô ao longo dos três dias da greve que atinge Belo Horizonte e Contagem, na região metropolitana. O dado é da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Desde segunda-feira (21), trabalhadores da CBTU atuam em horário reduzido em protesto contra a privatização do transporte na capital.
A previsão do Sindicato dos Metroviários (Sindimetro-MG) é de que 1,2 mil servidores sejam demitidos com a privatização da companhia. Segundo a direção do sindicato, o governo informou que não há margem para negociação durante o processo de privatização que determina a transferência dos empregados para a empresa que comprar a CBTU.
A CBTU, por sua vez, afirma que "o processo de desestatização está sendo conduzido pelos Ministérios da Economia e do Desenvolvimento Regional. Assim, as demandas relativas ao processo devem ser endereçadas àqueles entes".
A companhia também entende que o horário de 10h às 17h, definido para funcionamento das estações, não atende a maior parte da população, levando a transtornos no transporte público na Grande BH. Foi solicitada ainda uma multa diária de R$ 30 mil, mas o pedido não foi atendido pela Justiça até o momento, sob o argumento de que o processo ainda está em fase de apresentação de defesa.
A CBTU explica que transporta, em média, mais de 100 mil usuários em dias úteis. Entre segunda e quarta-feira (23), entretanto, o maior número registrado foi de pouco mais de 30 mil passageiros em um dia de atividades.
Nessa quarta-feira, mesmo com a ameaça da multa, a categoria decidiu, por meio de assembleia, pela manutenção da greve. Os trens vão continuar rodando em horários reduzidos, e nos horários de pico, as estações fecham as portas.
Leia mais:
Minas confirma 49 óbitos e quase 4 mil novos casos de Covid em 24 horas
Ex-BBB Ivy procura a polícia em BH e abre boletim de ocorrência contra o ex-marido