Atenção ao Nadar

38 pessoas já morreram afogadas em Minas este ano, segundo levantamento do Corpo de Bombeiros

Da Redação*
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Publicado em 07/02/2023 às 17:53.

Desde o início do verão em dezembro do ano passado, e o calor que vem fazendo nos últimos dias, muitas pessoas buscam refresco nas piscinas, cachoeiras, lagos, represas e riachos, principalmente nos fins de semana. Mas sem os devidos cuidados, essas distrações podem acabar em tragédias.

Somente em janeiro deste ano, segundo dados do Corpo de Bombeiros (CBMMG), 35 pessoas morreram afogadas em Minas no mês passado e três óbitos foram registrados em fevereiro. Em todo o ano passado, o número de mortes alcançou 261, sendo 38 apenas no primeiro mês do ano.

Os Bombeiros alertam que no Carnaval, que acontece de 18 a 21 de fevereiro, cresce o número de casos de afogamentos. O tenente Sandro Júnior, do CBMMG, lembra que os banhistas devem tomar certas precauções, especialmente em relação à sinalização das destinadas à diversão aquática.

“Se aquele local está sinalizado, é porque já foi previamente mapeado pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil, mostrando que há risco associado e que não deve ser utilizado em algumas condições como, por exemplo, no período de chuva e em relação ao número de pessoas que podem usar aquele local”, explica o militar.

Nas cachoeiras, os banhistas devem tomar todo cuidado em relação às pedras nas imediações, que podem estar soltas, e até com o lodo, que eleva o risco de acidentes.

“Pode até não ocorrer um afogamento, mas pode acontecer um traumatismo cranioencefálico”, explica Sandro Júnior, acrescentando que a ingestão indiscriminada de bebidas alcoólicas aumenta os riscos, já que diminui os reflexos e a capacidade de resistência muscular, deixando as pessoas ainda mais propensas ao afogamento.

Nesta época do ano, com a ocorrência repentinas de chuvas, é preciso estar atento também às chamadas cabeças d’água ou trombas d’água. “Às vezes, as pessoas estão com a água no nível da cintura ou do joelho e acham que não há nenhum risco. Porém, uma chuva forte pode cair na nascente e, em poucos minutos, elevar o nível da água e causar um aumento da correnteza, fazendo com que as pessoas fiquem presas naquele local, sem conseguir acessar um ponto seguro, sejam até mesmo levadas pelas águas, fazendo com que vários acidentes possam acontecer, até mesmo fatais”, alerta o bombeiro.

Famílias que vão se refrescar levando crianças, as atenções devem ser redobradas, prestando atenção nos pequenos o tempo todo e não se distrair. "As crianças sempre acabam buscando a água de forma imediata, independente de estar com boia ou não. Por isso, os pais devem sempre estar muito próximos a essas crianças e utilizar todos os equipamentos necessários para que elas possam estar em segurança", comenta Sandro Júnior.

(*) Com Agência Minas.

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