(Reprodução/TV)
Sete a cada dez acidentes de trânsito em Belo Horizonte envolvem motociclistas. Os pilotos também estão as principais vítimas, com média de pelo menos uma morte a cada semana. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira (17) pela prefeitura, que acaba de lançar nova etapa de uma campanha que tenta barrar as tragédias na capital.
Em 2022, BH registrou 12.148 acidentes, com 131 óbitos - 49 motociclistas perderam a vida. As motos também estão envolvidas em quase 40% dos atropelamentos na cidade. Na semana passada, um motociclista de aplicativo de 23 anos morreu após se envolver em um acidente com carro e uma carreta, na avenida Cristiano Machado, na região Norte de Belo Horizonte. Uma gestante de 23 anos que estava na garupa ficou ferida.
A nova etapa da ação "Sobre Duas Rodas, Tenha Cuidado em Dobro", para conscientizar os motociclistas sobre a necessidade de reduzir os acidentes, contará com um vídeo de 30 segundos veiculado nas redes sociais, mostrando os impactos emocionais sobre as famílias e todos os envolvidos nas ocorrências.
A campanha, que também utiliza abrigos e traseiras de ônibus, aproveita a mobilização pelo Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito “World Day of Remembrance”, celebrado no 3º domingo de novembro. A data foi escolhida em 2005 pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A diretora da BHTrans, Jussara Bellavinha, coordenadora do Projeto Vida no Trânsito, destaca a importância da data.
“Estamos sempre em movimento. Lembrar-se de quem se foi por conta de acidentes graves de trânsito, pode nos ajudar a refletir e mudar o nosso comportamento. Afinal, tão importante quanto chegar ao destino, é chegar bem e com saúde onde se deseja”, disse.
Mais ações
Além das campanhas educativas, a PBH diz fazer intervenções nas vias para reduzir os acidentes. Todos os semáforos da cidade foram reprogramados para priorizar o pedestre e aumentar as possibilidades de se atravessar nos cruzamentos com mais segurança.
Dentre as ações para motociclistas, os principais corredores já contam com mais de 500 motoboxes, áreas sinalizadas para as motocicletas nos cruzamentos, que reduzem o conflito entre motos e outros veículos, e trazem ainda maior visibilidade aos pedestres no momento da travessia na faixa.
Além disso, todos os ônibus do transporte público municipal contam com o adesivo do Ponto Cego, indicando uma área na lateral do veículo sem visibilidade para os motoristas dos ônibus.
* Com informações da PBH
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