
Pelo menos 250 metros cúbicos de polpa de minério foram despejados no ribeirão de Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata, na manhã da última segunda-feira. A avaliação inicial é da equipe do Núcleo de Emergências Ambientais do Ibama, que sobrevoou a área afetada um dia após o acidente com o mineroduto da Anglo American.
Segundo o órgão ambiental, o material denso ficou depositado no rio, onde a empresa instalou barreiras mecânicas. Já o material em suspensão chegou diluído ao rio Casca e não foram verificadas mortes de animais até o momento.
Por nota, o Ibama informou que a Anglo American será notificada e deverá apresentar, dentre outras informações, “as causas do vazamento, a composição do produto, a extensão do dano, as medidas para garantir o abastecimento de água nas comunidades afetadas, o plano de retirada do minério do riacho e relatório diário com informações sobre a evolução das ações e os resultados obtidos para contenção do minério”.
Os sedimentos já percorreram cerca de sete quilômetros pelo rio, conforme a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Prejuízo
Aproximadamente três mil consumidores tiveram o abastecimento de água interrompido após o acidente. A Copasa garante que o corte nas casas foi feito antes da chegada da mancha de minério ao ponto de captação.
A companhia afirmou que a alternativa para abastecimento da população será feita no Córrego do Salgado, a 600 metros da Santo Antônio do Grama.
“A adutora será instalada por meio de tubulação superficial (acima da terra), e de forma provisória. A implementação depende da chegada do equipamento, a ser enviado pela Anglo American”, detalhou a Copasa, por nota.
O Ministério Público Federal em Viçosa instaurou inquérito civil para apurar responsabilidades. Já o Ministério Público mineiro informou que analisa a extensão dos danos.