Acusada de tramar morte e dar golpes, Érika estaria disposta a pagar tudo que deve

Amanda Paixão - Hoje em Dia
Publicado em 27/05/2013 às 10:07.Atualizado em 20/11/2021 às 18:35.
 (Renato Cobucci/Arquivo Hoje em Dia)
(Renato Cobucci/Arquivo Hoje em Dia)

"Ela está disposta a pagar tudo o que deve", disse o advogado Zanone de Oliveira, responsável pela defesa Érika Passarelli Vicentini Teixeira, 29 anos. A ex-estudante de direito, que estampou o noticiário nacional por ser a principal suspeita de planejar a morte do próprio pai, irá participar, pela primeira vez, de um audiência de instrução pelo crime de estelionato. A sessão foi marcada para o dia 5 de setembro, a partir de 14h, na 8ª Vara Criminal do Fórum Lafayette.

A acusação é de que Érika aplicou uma série de golpes em lojas de roupa de Belo Horizonte, passando cheques sem fundo. No entanto, segundo a defesa, a verdade seria que, ao passar por uma crise depressiva após o falecimento do pai, a ex-estudante teria extrapolado nas compras e se desentendido comercialmente.

"Ela fez várias compras naquela época e a maioria dos comerciantes procuraram a mãe e outros familiares e assim tiveram o dinheiro ressarcido. Mas o problema foi quando ela estava foragida e alguns cheques foram devolvidos.

A dívida, de acordo com Zanone seria relativamente pequena e não ultrapassaria R$ 5 mil. "A maioria dos cheques já foi paga. Outro dia acertamos o valor de um relógio, uma jaqueta. Tudo vai se acertar, é só uma questão de acordo", ressaltou o advogado.

Morte do pai

No último dia 14, a Justiça mineira confirmou que Érika Passarelli irá a júri popular por supostamente planejar o assassinato de Mário José Teixeira Filho, de 50 anos, para receber mais de R$ 1 milhão em apólices de seguro. O crime ocorreu em 5 de agosto de 2010. A data da sessão, contudo, ainda não foi marcada, mas há mais de um ano ela está presa no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto

Em dezembro do ano passado, a comarca de Itabirito, região Central de Minas, já havia pronunciado a decisão. No entanto, a defesa da ré recorreu da decisão, alegando que não havia provas do crime e que não há testemunhas do crime. Os defensores pediram, ainda, que os juízes não considerassem as qualificadoras do homicídio - motivo torpe e mediante dissimulação. Os advogados de Passarelli argumentaram, também, que o pai da estudante tinha envolvimento com diversos crimes e, por isso, várias pessoas poderiam ter cometido o assassinato.

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