A DPU informa ainda que presta assistência jurídica ao Adélio desde 11 de junho de 2019 (Divulgação/Assessoria de Comunicação do 2° BPM)
Em declarações feitas durante um depoimento gravado pela Polícia Federal (PF), o ex-garçom Adélio Bispo de Oliveira, de 42 anos, disse ter esfaqueado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por conta de motivos políticos e religiosos, classificando o então candidato como “impostor”. Ele declarou ainda que tinha interesse em matar o ex-presidente Michel Temer. As gravações foram divulgadas pelo site da revista Veja nesta sexta-feira (27).
Durante o depoimento, Adélio relembrou o delito, que ocorreu durante a campanha eleitoral de 2018, em um dos principais pontos do Centro de Juiz de Fora, e disse que Bolsonaro tentou se passar por um homem de Deus para ganhar votos de eleitores evangélicos.
O fato, segundo ele, também motivou o crime. “Muitos evangélicos acreditavam que ele fosse evangélico, ele tentou plantar essa imagem, mas não era. Ele é um impostor, meramente um impostor”, declarou.
O ex-garçom disse, ainda, que chegou a pensar em desistir de cometer o crime, mas que teria atendido um chamado de Deus e que não sentia arrependimento pelo o que fez. “Quando ele (Deus) disse, eu fiquei até surpreso”, afirmou.
Atentado contra a vida de Michel Temer
No decorrer do depoimento, Adélio Bispo expôs um outro desejo, o de matar Michel Temer. Segundo ele, a vontade era pessoal. “Na política, eu tinha interesse mesmo era no Michel Temer. Esse eu tinha interesse”, afirmou.
Relembre o caso
No dia 6 de setembro de 2018, Jair Bolsonaro foi atingido por uma faca que perfurou fígado, pulmão e intestino durante campanha eleitoral na cidade mineira de Juiz de Fora. O autor do ataque, Adélio Bispo de Oliveira, foi julgado e está preso.
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