Os advogados da família do gari Laudemir de Souza Fernandes e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pedem o bloqueio de bens equivalentes a R$ 3 milhões do empresário Renê Nogueira Júnior, de 47 anos, que confessou ter matado o trabalhador, e da esposa dele, uma delegada da Polícia Civil. O MP deve oferecer denúncia e cabe à Justiça aceitar ou não o pedido.
O bloqueio de bens tem como objetivo assegurar uma eventual indenização aos familiares de Laudemir, que morreu em serviço. O pedido partiu dos advogados da família e, em seguida, o MP deu parecer favorável ao requerimento.
Segundo o MP, a delegada também deve ter os bens bloqueados, visto que ela “deve ter responsabilidade solidária, já que o carro e a arma usados no crime eram dela, segundo apurado”.
Relembre o caso
Laudemir de Souza Fernandes foi assassinado a tiros enquanto trabalhava no bairro Vista Alegre, região Oeste de BH. De acordo com a Polícia Militar, o empresário, até então, suspeito do crime, teria disparado contra o profissional de limpeza na última segunda-feira (11). Ele ainda foi socorrido, mas não resistiu.
O empresário foi identificado por câmeras de segurança da região. Pouco tempo depois, foi preso em uma academia na Avenida Raja Gabaglia, que fica na mesma região onde ocorreu a tragédia. Conforme o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o crime trata-se de um homicídio duplamente qualificado, pelo suspeito ter dificultado a defesa da vítima e a ação ter sido motivada por uma discussão banal. O órgão considerou que a “gravidade da conduta extrapola o que seria admitido como normal”.
Ainda segundo o MP, o promotor avaliou que, em juízo de probabilidade, eventual soltura do suspeito violaria a ordem pública.
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