novo dono

Aeroporto da Pampulha passa para a iniciativa privada neste domingo

Luciane Amaral
@luciane_amaralLamaral@hojeemdia.com.br
01/05/2022 às 14:26.
Atualizado em 01/05/2022 às 15:45

Agora é oficial. Desde a meia noite, o Aeroporto da Pampulha – Carlos Drummond de Andrade, em Belo Horizonte, é administrado pela Companhia de Participação e Concessões (CCR).

CCR assume aeroporto da Pampulha em BH e obras começaram no mesmo dia 

CCR assume aeroporto da Pampulha em BH e obras começaram no mesmo dia 

Com uma localização estratégica, a apenas 8,3 quilômetros do centro da capital, o aeroporto conta com uma área de aproximadamente dois milhões de metros quadrados, em uma das regiões mais valorizadas da cidade, a Pampulha. 

O Pampulha, que já foi o mais importante aeroporto de Minas, atualmente tinha  atuação voltada especialmente para a aviação regional e executiva. E se tornou um importante polo de manutenção de helicópteros e aeronaves executivas e comerciais de pequeno porte.

O aeroporto foi concedido pela outorga fixa de R$ 34 milhões para a Companhia de Participação em Concessões (CCR), por meio de sessão pública na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, em outubro do ano passado. O valor representa ágio de 245,29% sobre o valor mínimo estabelecido (R$ 9,8 milhões).

Investimentos

Segundo Fernando Marcato, secretário de estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), com a concessão, a empresa terá de fazer investimentos de R$ 151 milhões, ao longo de 30 anos, para a exploração, ampliação e manutenção da infraestrutura do espaço.” A CCR, durante três meses, esteve junto com a Infraero, em um período de transição. Agora que passa a operar o aeroporto, a empresa começa a fazer os primeiros investimentos obrigatórios, como reforço na segurança, como a recuperação de cercas, obras de drenagem, tratamento adequado do córrego que corre na área do aeroporto, entre outros”, explica.

Ainda de acordo com o governo, cerca de R$ 65 milhões do total a ser investido no aeroporto deverão ser aplicados nos primeiros 36 meses, de acordo com o governo do estado, destinados, também, à construção de um terminal de aviação geral, sistema de pistas de táxi, recuperação parcial do pavimento da pista e preparação para novos hangares.

Primeiros ações
As primeiras ações da CCR Aeroportos, segundo a empresa, serão na requalificação da infraestrutura, na sinalização, pintura, aplicação de nova identidade visual, higiene e limpeza, entre outros serviços. 

Simultaneamente à operação e às primeiras intervenções previstas no contrato, prossegue o grupo, a empresa começa a refinar cronogramas e projetos. E está em contato com parceiros, analisando a viabilização de oportunidades e negócios.

O que o Estado ganha

A concessão tem prazo de 30 anos e prevê o pagamento anual de outorga variável, que é um percentual da receita bruta auferida pelo concessionário. Além disso, o governo estima uma arrecadação de R$ 99 milhões em impostos federais, estaduais e municipais.

A concessão, segundo o governo, deve viabilizar a melhora operacional do aeroporto e dos serviços prestados, melhorando a capacidade de geração de receitas. “Além disso, a expectativa é criar um polo de desenvolvimento da região da Pampulha, que tem grande potencial. Pretendemos, por exemplo, com a concessão do Mineirinho, criar um corredor cultural que irá estimular a implantação novos negócios, para a população da região que tem um bom poder aquisitivo, mas não dispõe de muitos serviços”, conclui o secretário.

Grupo CCR que já atua em Confins vai administrar o Aeroporto da Pampulha pelos próximos 30 anos (Grupo CCR / Divulgação)

Grupo CCR que já atua em Confins vai administrar o Aeroporto da Pampulha pelos próximos 30 anos (Grupo CCR / Divulgação)

Sobre o grupo CCR

Fundada em 1999, a CCR atua em diversos segmentos, como a concessão de rodovias, mobilidade urbana, aeroportos e serviços. A companhia é responsável por 3.698 quilômetros de rodovias da malha concedida em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Além disso, o grupo está presente no segmento de transporte de passageiros (metrô, barcas, trens metropolitanos, monotrilho, VLT), em diversos estados.

Em 2012 ingressou no setor aeroportuário, com a aquisição de participação acionária nas concessionárias dos aeroportos internacionais de Quito (Equador), San José (Costa Rica) e Curaçao. Possui a concessionária BH Airport, responsável pela gestão do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na RMBH. E, neste ano, iniciou a administração dos Blocos Sul e Central, que reúnem 15 aeroportos no Brasil e também do Aeroporto da Pampulha, em BH.

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