conscientização global

Aeroporto de BH firma parceria com projeto do Príncipe William para combater tráfico de animais

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
28/07/2022 às 14:52.
Atualizado em 28/07/2022 às 14:59
 (Aeroporto de Confins/Divulgação)

(Aeroporto de Confins/Divulgação)

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte anunciou nesta quinta-feira (28), Dia Mundial de Conservação da Natureza, que se tornou membro da ONG United For Wildlife (União Pelas Vidas Selvagens), presidida pelo Príncipe William, do Reino Unido.

O compromisso foi selado com a assinatura da Declaração do Palácio de Buckingham pelo CEO da BH Airport, Kleber Meira, integrando as mais de 40 empresas e organizações ao redor do mundo que apoiam a ONG. O terminal mineiro é um dos primeiros aeroportos da América Latina a assinar essa declaração.

Agora, o aeroporto se compromete com o combate ao tráfico de plantas e animais silvestres e com a conscientização global em defesa da causa.

Segundo Kleber uma das ações previstas para combater o tráfico de animais e plantas é a criação de um canal próprio para denúncias públicas, afim de identificar suspeitos de comércio ilegal, compartilhar informações e desenvolver mecanismos integrados com a United For Wildlife.

“Atuamos em conjunto com os órgãos e agências de Segurança Pública e Meio Ambiente com o objetivo de detectar e interromper eventuais ocorrências de tráfico de vida silvestre durante as operações”, salienta o gestor. 

Treinamento

Além dessa iniciativa, o aeroporto irá realizar um treinamento específico para os profissionais responsáveis pela inspeção no terminal mineiro, em parceria com a Airports Council International (ACI) e com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os treinamentos serão obrigatórios e incorporados na rotina dos profissionais de inspeção, envolvendo todos os colaboradores.

Tráfico no Brasil

Segundo dados do Ibama, 38 milhões de animais silvestres são retirados anualmente da natureza no Brasil e somente 4 milhões sobrevivem ao comércio ilegal. Em Minas, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-BH) recebe, em média, 10 mil animais por ano. A maioria deles é vítima do tráfico, que configura a terceira maior atividade ilegal do mundo, com movimento estimado entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões por ano, atrás apenas do tráfico de armas e drogas.

Crime previsto no Inciso III, artigo 29 da Lei 9.605/98, que regulamenta as sanções penais e administrativas para condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, o tráfico de animais silvestres expõe espécies ao risco de extinção, desencadeando desequilíbrios ecológicos que ameaçam a biodiversidade no planeta. Essa lei proíbe a venda, exportação, aquisição, guarda em cativeiro ou transporte de animais silvestres, sem a devida autorização.

Além do crime de tráfico, o artigo descreve como ato ilícito as condutas de matar, perseguir, caçar, apanhar ou utilizar espécies silvestres, sem permissão da autoridade competente. 

As aves somam mais de 80% dos animais traficados. O papagaio-verdadeiro, o periquito-do-encontro-amarelo, a arara-vermelha, o curió, o tucano, o mico-leão- dourado, o macaco-prego, o sagui, a jiboia e o pássaro-preto estão entre as principais vítimas destinadas a colecionadores particulares.

Espécies como jararaca, cascavel, surucucu, coral-verdadeira, escorpião amarelo, aranha marrom, vespas e besouros são comumente traficadas para fins científicos ilegais.

O contato para denúncias é via Linha Verde do Ibama, no número 0800- 618-080 ou por e-mail: linhaverde.sede@ibama.gov.br

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