Risco nas águas

Afogamentos: mais de 300 mineiros morreram por ano; Bombeiros intensificam treinamento de resgate

Mais de 500 militares da corporação participaram de exercícios de salvamento aquático na Grande BH

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
14/04/2024 às 08:00.
Atualizado em 14/04/2024 às 12:39
Treinamento foi feito na Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, na Grande BH (Bombeiros/Divulgação)

Treinamento foi feito na Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, na Grande BH (Bombeiros/Divulgação)

Nada menos que 2,5 mil mortes por afogamento foram registradas em Minas nos últimos oito anos. A média é de 309 casos por ano, ou praticamente um por dia, segundo dados do Corpo de Bombeiros. No país, 15 brasileiros perdem a vida a cada 24 horas, conforme a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).

Um levantamento feito pelos Bombeiros traçou o perfil dos óbitos no Estado. A maioria é formada por homens, com idade média de 25 anos. É praticamente 10 vezes maior a incidência de afogamentos de homens do que de mulheres.

Os números reforçam a importância do socorro às vítimas. Na tentativa de garantir resgate imediato, mais de 500 bombeiros se revezaram, na semana passada, em um dia inteiro de atividades na água, desafiando o limite físico e superando a barreira dos 1.200 metros de exercícios de salvamento aquático. 

O percurso foi feito na Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, na Grande BH. A atividade, chamada de 'Travessia 2024', foi feita sem o auxílio de equipamentos, em profundidades que podem chegar a 12 metros.

O recruta Sérgio Patrick dos Reis Marques contou a experiência de quando ainda era adolescente e ficou em apuros por não saber nadar. 

“Uma vez, brincando no rio com meus irmãos e meus amigos, comecei a nadar na parte rasa e fui para a parte funda sem perceber. Quando parei, não consegui mais flutuar e comecei a ter um princípio de afogamento. Sempre tive um pouco de medo de água, mas para entrar no Corpo de Bombeiros fiz algumas aulas, mesmo assim, ainda tinha dificuldade e não conseguia nadar nem 75 metros. No curso e com a ajuda dos instrutores, já fiz prova de 400 metros, algo que eu imaginava ser impossível. Aqui, na Lagoa dos Ingleses, consegui fazer a travessia de 1.200 metros”, contou.

Prevenção
Para reduzir os números tão significativos, é imprescindível reforçar as ações de prevenção e conscientização dos cuidados a serem tomados nos momentos de lazer. Confira outras dicas de segurança:

  • Crianças só devem nadar sob supervisão de um adulto;
  • Não entre na água em locais que você não conheça. Antes disso, descubra características do local, como profundidade e força da correnteza;
  • Nunca ultrapasse faixas e placas de avisos de perigo. Sempre fique atento à sinalização de segurança do local;
  • Não entre na água após refeições pesadas;
  • Não salte de locais elevados para dentro da água nem mergulhe de cabeça, pois a água pode esconder tocos de madeira, pedras e objetos pontiagudos;
  • Evite brincadeiras de mau-gosto, como: "caldos", "trotes" ou "saltos";
  • Não se afaste da margem;
  • Se começar a chover e relampejar, saia da água;
  • Nunca nade perto de embarcações, por causa do risco de ser atingido;
  • Em caso de afogamento, acione imediatamente o Corpo de Bombeiros Militar (193);

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