Suspeita de irregularidades

Alvo de denúncias, aeroporto de Confins é vistoriado por auditores do Ministério do Trabalho

Balanço da operação deve ser apresentado ainda nesta terça

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
19/03/2024 às 14:08.
Atualizado em 20/03/2024 às 16:33
Cerca de 30 auditores participam da operação em BH e atuaram em diversos locais, como pista, check-in, embarque e desembarque de bagagens (Júlia Flores)

Cerca de 30 auditores participam da operação em BH e atuaram em diversos locais, como pista, check-in, embarque e desembarque de bagagens (Júlia Flores)

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, região metropolitana da capital, foi alvo de fiscalização na manhã desta terça-feira (19). Uma vistoria de auditores do Ministério do Trabalho, com o apoio da Polícia Federal (PF), foi realizada após denúncias de supostas irregularidades trabalhistas no terminal.

“Estamos verificando uma série de questões, como salários, jornada, descanso, instalações como refeitórios, possível terceirização ilícita, pagamento de periculosidade, segurança ao trabalhador como ergonomia, exposição a ruído, calor, radiação por ionizantes, movimentação de máquinas na pista e segurança do posto de abastecimento de aeronaves e  os caminhões que vão até as aeronaves fazer o transbordo do combustível nas tubulações”, detalhou Marcos Ribeiro Botelho, auditor fiscal da Superintendência do Trabalho em Minas.

Cerca de 30 auditores participam da operação, que tem previsão de terminar ainda à tarde. Eles foram divididos em seis grupos, com atuação em diversos locais, como pista, check-in, embarque e desembarque de bagagens. 

De acordo com Botelho, trata-se de uma fiscalização ampla que vai contemplar também aspectos da legislação trabalhista e diversos da segurança ao trabalhador. 

“Faremos visitas ao pessoal do posto de abastecimento, da manutenção, conservação, limpeza e, como dissemos, em todas áreas do aeroporto. Os resultados possíveis de constatação vão de alguns itens simplesmente notificados para correção, outros autuados e, numa situação que caracterize risco grave iminente, podemos ter até interdição de alguma instalação, enfim, o que for necessário fazer iremos providenciar”, completou.

Ainda de acordo com o auditor fiscal, entre as questões denunciadas há uma sobre assédio moral. No final do dia será apresentado um balanço da operação.

O Hoje em Dia procurou a BH Airport, concessionária que administra o terminal, que informou estar "acompanhando de perto os desdobramentos da operação do Ministério do Trabalho e Emprego, que acontece também em outros aeroportos do Brasil".

A respeito dos levantamentos apontados durante a vistoria, a concessionária reforçou o "compromisso com um ambiente de trabalho seguro e uma gestão humanizada, baseada no respeito aos direitos humanos e no bem-estar físico e psicológico de todos os colaboradores da concessionária".

E afirmou que atua para garantir "o engajamento e cooperação de todas as empresas" que atuam no aeroporto - companhias aéreas, empresas auxiliares do transporte aéreo, fornecedores e cessionários.

"Estamos oferecendo todo o apoio necessário para viabilizar a solução e adequação das empresas às normas trabalhistas", finalizou a BH Airport.

* Matéria atualizada com o posicionamento da BH Airport

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