Serra do Curral

Ambientalistas debatem risco hídrico de projeto minerário e Copasa diz que haverá avaliação externa

Da Redação
Portal@hojeemdia.com.br
15/06/2022 às 07:37.
Atualizado em 15/06/2022 às 07:39
 (Valéria Marques/Hoje Em Dia)

(Valéria Marques/Hoje Em Dia)

Ambientalistas que participaram da audiência pública da Comissão de Administração Pública nesta terça-feira (14), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), manifestaram preocupação com os impactos na segurança hídrica da região metropolitana, diante dos avanços da mineração na Serra do Curral. 

Jeanine Souza Oliveira, representante do movimento Mexeu com a Serra Mexeu Comigo, afirmou que as nascentes que ficam abaixo da cava da mineradora Taquaril Mineração S/A (Tamisa) serão impactadas com a implantação do complexo da empresa. 

Segundo a ambientalista, a área onde a mineradora vai se instalar possui os aquíferos mais relevantes para garantir o abastecimento de água de Belo Horizonte. E se a adutora que passa pela área for afetada, seriam necessários, pelo menos, três anos para construir uma nova estrutura de condução de água potável, de acordo com ela.

Durante a reunião, o diretor-presidente da Copasa, Euler de Carvalho Cruz, respondeu às perguntas dos parlamentares  sobre os impactos da instalação do complexo minerário na Serra do Curral.

Ele afirmou que os impactos ambientais do empreendimento estão sendo avaliados tecnicamente. Segundo Euler, um especialista externo será contratado para fazer uma avaliação, que pode levar até 90 dias para ser concluída.   

Questionado pela deputada Beatriz Cerqueira (PT), que solicitou a realização da audiência pública, o diretor-presidente da Copasa declarou que uma reunião para avaliação completa do projeto da Tamisa deve ser realizada em junho. “À luz dos elementos técnicos atualizados, iremos nos manifestar com a seriedade e a segurança necessárias”, afirmou.

As deputadas Ana Paula Siqueira (Rede) e Beatriz Cerqueira também o questionaram sobre uma suposta alteração no projeto original da Tamisa.

Euler de Carvalho Cruz explicou que a empresa foi procurada pela mineradora em abril de 2018, quando foi firmado um termo de compromisso com obrigações para o empreendedor, a fim de obter anuência ao seu projeto de exploração na Serra do Curral.

O diretor-presidente da Copasa não soube dizer se o empreendimento que recebeu aval do Comitê Estadual de Política Ambiental (Copam) no dia 29 de abril é diferente do projeto analisado pela empresa em 2018.

Ainda nesta terça-feira, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou medidas com a promessa de agilizar o tombamento da Serra do Curral. Segundo o governo, além de um decreto que reconhece o local como área de relevante interesse cultural do estado, foram assinados despachos para as secretarias estaduais orientando a sequência de proteção do cartão postal da Grande BH. 

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