Quem passou pela avenida dos Andradas, em frente ao Boulevard Shopping, no bairro Santa Efigênia, região Centro-Sul, na noite desta quinta-feira (25), foi surpreendido com uma imagem diferente.
Depois do prédio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), na Praça da Liberdade, e do prédio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na avenida Afonso Pena, no bairro Serra, ambos na região Centro-Sul da capital, ambientalistas voltaram a fazer projeções na cidade em defesa da Serra do Curral.
A iniciativa é de integrantes do movimento Tira o Pé da Minha Serra, que se mobilizam para evitar a instalação de projetos minerários na Serra do Curral, que podem, segundo eles, afetar o clima, o abastecimento de água para a população da capital e de municípios impactados pelos projetos, além de comunidades tradicionais que vivem na região.
Eles também defendem o tombamento estadual da Serra, que já tem proteção federal e do município de Belo Horizonte. Felipe Gomes, idealizador do Coletivo “Ah, É Lixo!?” e um dos articuladores do movimento, explica que o objetivo da projeção é chamar a atenção da população da capital para a importância da preservação da Serra do Curral.
A mega projeção da frase “Salve a Serra do Curral” também tem o objetivo de mobilizar a população para a próxima reunião do Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep), no dia 02/09, que volta a debater o tombamento provisório da Serra do Curral, evitando a instalação de complexos minerários.
Entenda como começou a polêmica
A mineradora Tamisa obteve decisão favorável à implantação de um complexo minerário na Serra do Curral, em Nova Lima, na região metropolitana, na madrugada de 30 de abril, do Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais (Copam).
A licença, segundo o projeto Manoelzão, da Universidade Federal de Minas Gerais, permite que a empresa retire 31 milhões de toneladas de minério de ferro ao longo de 13 anos na Serra do Curral.
Ainda de acordo com o Manoelzão, a exploração minerária vai “extinguir área equivalente a cerca de 100 campos de futebol de mata atlântica. Na região há entre 40 e 60 nascentes que abastecem o rio das Velhas, afluente do São Francisco”, informa o site da entidade.
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