Amigos e familiares se despedem de policial penal assassinado por detento em BH
Suspeito rouba uniforme da vítima, mas é capturado pela polícia em flagrante logo depois da fuga

Parentes e amigos se reúnem nesta segunda-feira (4) para o último adeus ao policial penal Euler Oliveira Pereira Rocha, de 42 anos, brutalmente assassinado por um detento no último domingo (3) em Belo Horizonte. O velório do agente acontece no Cemitério Nossa Senhora da Piedade, em Justinópolis, Ribeirão das Neves, na Grande BH, a partir das 9h. O sepultamento está marcado para as 11h.
O agente foi morto a tiros por um detento dentro do Hospital Luxemburgo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, durante uma tentativa de fuga do criminoso.
O detento, que estava internado e sob custódia, aproveitou um momento de distração do policial para iniciar uma luta corporal. Na confusão, ele tomou a arma do agente e efetuou dois disparos, matando-o no local. Em seguida, o assassino roubou o uniforme e os pertences da vítima, fugindo do hospital em um carro de aplicativo.
A Polícia Militar, acionada logo após o crime, iniciou uma perseguição e conseguiu capturar o criminoso em flagrante. Ele foi detido com o uniforme do policial, as armas roubadas e outros pertences da vítima, pondo fim à sua fuga. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.
O que diz o Hospital Luxemburgo
O Hospital Luxemburgo lamentou o caso, se solidarizou com a família da vítima, reforçou que a responsabilidade pelo escolta é do Estado e disse que acionou o protocolo de emergência, prestando imediato atendimento logo após o ocorrido. Veja a íntegra da nota da unidade de saúde:
O Hospital Luxemburgo informa que, na madrugada do dia 03 de agosto de 2025, foi registrado um lamentável incidente nas dependências da unidade envolvendo um paciente sob custódia e um agente público de segurança.
O paciente em questão foi internado para tratamento médico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), encaminhado pela Secretaria Municipal de Saúde. Como hospital credenciado ao SUS, o Hospital Luxemburgo tem o dever de receber e tratar todos os pacientes encaminhados via regulação, inclusive aqueles em situação de custódia. Nestes casos, a responsabilidade pelo controle e escolta é de competência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), por meio da Polícia Penal de Minas Gerais.
A instituição reforça que nenhum civil ingressou armado nas dependências do hospital e que seguimos, rigorosamente, todos os protocolos internos de segurança. A ocorrência teve início durante o turno de escolta de um agente de segurança pública que, de acordo com a nota divulgada pela SEJUSP, foi vítima de disparos efetuados com a própria arma de fogo, subtraída pelo paciente no interior do quarto onde se encontrava internado.
Tão logo a situação foi identificada, a equipe assistencial acionou o protocolo de emergência com Código Azul, prestando imediato atendimento e todos os esforços de reanimação à vítima. Paralelamente, as forças de segurança foram acionadas, e a instituição colaborou integralmente com os órgãos competentes. Desde o ocorrido, a equipe multiprofissional da unidade está prestando acolhimento e suporte emocional aos colaboradores envolvidos direta ou indiretamente na ocorrência.
O Hospital Luxemburgo lamenta profundamente o falecimento do agente penal e se solidariza com seus familiares, colegas e amigos. A unidade reforça que permanece colaborando com as autoridades competentes para contribuir com as investigações em curso.