
Ana Hickmann usou as redes sociais nesta segunda-feira (18) para pedir proteção ao cunhado Gustavo Henrique Bello Correa. Ele participa de audiência de instrução no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, sobre a morte de um fã obsessivo da apresentadora de TV e modelo.
A Justiça mineira decidirá se Gustavo agiu em legítima defesa ou teve a intenção de matar Rodrigo de Pádua, que, armado, invadiu o hotel em que Hickmann estava e a manteve como refém.
"Senhor hoje minhas orações e todos os meus pedidos são para o meu irmão Gustavo. Proteja e cuida , de sabedoria e paz, mais uma vez de coragem e força ao meu cunhado, tire de perto dele todo o mal e que suas palavras mostrem a verdade que sempre foi. Amém (sic)", escreveu a apresentadora no Instagram.
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Audiência
Além de Gustavo, outras duas testemunhas também serão ouvidas e uma terceira prestará depoimento por meio de carta precatória. A sessão ocorre no Fórum Lafayette e, segundo explicou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, nenhuma decisão sairá nesta segunda-feira.
Após os depoimentos, a juíza sumariante do 2º Tribunal do Júri de BH, Amâlin Aziz Sant´ana, dará prazo para as alegações finais da acusação e da defesa. Somente depois deste procedimento é que a magistrada irá decidir se o cunhado de Ana Hickmann será inocentado ou irá a júri popular.
A previsão é de que a sessão termine no início da tarde. A apresentadora não veio para participar da audiência.
Relembre
Rodrigo de Pádua morreu após invadir o hotel em que a apresentadora e modelo Ana Hickmann estava hospedada em Belo Horizonte, em maio de 2016. O jovem de 30 anos era de Juiz de Fora, na Zona da Mata, e parecia nutrir uma obsessão pela apresentadora.
No quarto em que a modelo estava, Pádua rendeu o empresário Gustavo Correa e a mulher dele, a assessora Giovana Oliveira. Armado, ameaçou atirar nas vítimas, momento em que o empresário teria lutado com o rapaz, tomado a arma e atirado. Giovana acabou ferida. O homem morreu com um tiro na nuca. A apresentadora Ana Hickmann não teve ferimentos.
Na época, a Polícia Civil concluiu no inquérito que foi legítima defesa. Mas o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) questionou a tese. Para a promotoria, o tiro da nuca de Rodrigo Pádua evidencia que o homem já estaria dominado e que o tiro poderia ter sido evitado. A promotoria então ofereceu denúncia à Justiça como homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar.
Em julho deste ano, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou o pedido de arquivamento do processo contra Gustavo Henrique Bello Correa.
Para esse tipo de crime, a pena pode chegar até 20 de prisão, mas pode ser reduzida caso seja comprovado que ele agiu sob forte emoção.