
Nem só de futebol vivem os turistas que vieram a Belo Horizonte assistir ao time do coração jogar na Copa do Mundo. Destino certo entre uma partida e outra são os cartões-postais da cidade e da região.
O Instituto Inhotim, em Brumadinho, por exemplo, tem recebido 40% mais estrangeiros do que nos dias de movimento considerado “normal”. Até o fim do Mundial, são esperados 33 mil turistas de outros países e apenas 12 mil brasileiros.
O belga Hans Creemers, de 26 anos, que está em BH com a namorada, a brasileira Ana Maria Lopes, de 30, aproveitou a viagem às terras mineiras para “turistar”. Ontem, na companhia dela e do amigo Sebastien Desemberg, de 36 anos, que vive na África do Sul, eles visitaram os museus do Circuito Cultural Praça da Liberdade (CCPL) e já planejavam um segundo tour, desta vez pelo Inhotim, a 60 quilômetros da capital. “Gostei bastante, só achei um pouco complicado de entender algumas coisas porque tem pouca informação em inglês”, disse Hans, referindo-se às fichas técnicas das obras do Memorial Minas Gerais Vale.
Já o casal de estudantes argentinos, Agostina Pagano, de 28 anos, e Matias Caniggia, de 26, estava animado, exercitando o portunhol pelas instalações. “Já conheci o Sorín e o Ronaldo. Agora só falta ver a Argentina campeã”, brincou Matias, enquanto percorria a vídeo-instalação Futebol Arte, no Museu das Minas e do Metal. A mostra traz uma espécie de ‘calçada da fama’ de alguns jogadores que passaram pelo Mineirão.
Para o período da Copa, o CCPL, que reúne 12 espaços e museus em funcionamento e outros cinco em implantação, preparou material bilíngue e promoveu cursos de capacitação para os atendentes. Além disso, alguns dos equipamentos estão funcionando com horário diferenciado.
No Inhotim, maior museu a céu aberto do mundo, os turistas têm, à disposição, visitas guiadas em inglês ou espanhol, todos os dias, às 11h.