
Sete parques nacionais em Minas devem receber, até o fim do ano, cerca de R$ 150 milhões em investimentos para restruturação. A liberação da verba já havia sido anunciada pelo governo federal em julho de 2020, mas só agora deve chegar ao Estado.
O anúncio foi feito pelo governador Romeu Zema (Novo) e pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, na tarde desta terça-feira (11), em coletiva à imprensa na Cidade Administrativa, região Norte de BH.
De acordo com o ministro, os recursos são decorrentes de um acordo, entre o governo de Minas e a Vale, que substituiu as multas ambientais impostas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na tragédia de Brumadinho. A verba deve financiar ações de proteção e melhorias nos parques mineiros.
Ao todo, são mais de 700 mil hectares de preservação contemplados, que incluem:
- Serra da Canastra
- Serra do Cipó
- Serra do Caparaó
- Serra do Gandarela
- Grande Sertão Veredas
- Cavernas do Peruaçu e das Sempre-Vivas
De acordo com o governador, a medida vai contribuir com a preservação de ecossistemas naturais e conservar a vida nativa. Ele cita ainda fortalecimento econômico e a qualidade de vida da população das regiões e entornos.
Entre as medidas citadas por Zema está o melhoramento de trilhas e estradas que dão acesso aos parques. "Mais de 450 quilômetros de estradas internas e de acesso serão melhoradas e 1,5 mil quilômetros de trilhas, já que boa parte acesa apenas a pé", explicou.
Ainda segundo Zema, com esse investimento será possível ampliar o número de visitantes por ano, passando de 380 mil para 1 milhão.
Para o ministro Joaquim Álvaro o investimento é um compromisso com a população. "São R$ 150 milhões para trazer o turismo de natureza que já existe mas precisa de mais infraestrutura", disse. "Acho bastante interessante como nós podemos transformar uma multa em algo real, para o população usufruir desse parques, algo efetivo, eficiente para transformar a vida das pessoas", opinou.