
Somente no período de janeiro a 20 de julho deste ano, o aplicativo PBH APP, da Prefeitura de Belo Horizonte, recebeu 876 denúncias referentes à atuação de flanelinhas na cidade. Segundo a administração municipal, foram adotadas as providências necessárias para combater a prática ilegal.
O aplicativo disponibiliza um link para que o usuário possa indicar em um mapa o ponto exato onde está ocorrendo a abordagem extorsiva contra motoristas e até enviar uma foto da cena, de maneira sigilosa e segura.
De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção, a atuação de flanelinhas, também conhecidos como "tomadores de conta" de carros, pode se configurar em crimes tipificados como extorsão, constrangimento, ameaça ou até estelionato, de acordo com a situação específica.
Para o secretário municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Zeferino, trata-se de um problema que vem sendo combatido pela Guarda Municipal na capital.
"É uma prática que afeta a ordem pública e que vinha trazendo insegurança, principalmente para aqueles que frequentam o cenário de artes, cultura e lazer. Por isso temos dado prioridade ao atendimento das denúncias recebidas via aplicativo e também adotando ações preventivas, como as operações especiais em dias de jogos e de grandes eventos na cidade", destaca.
Mapeamento
Responsável pela análise das denúncias recebidas por meio do aplicativo na Secretaria de Segurança, Juliana Azevedo explica que os casos registrados têm sido fundamentais para possibilitar o mapeamento dos locais onde os flanelinhas agem e, principalmente, para o planejamento das operações contra esse tipo de prática.
"O cenário traçado a partir das denúncias mostrou-se bastante complexo, exigindo que o problema fosse tratado por diferentes instituições. Hoje, as demandas são classificadas e encaminhadas às várias áreas envolvidas. Os casos mais graves, por exemplo, são repassados para a investigação da Polícia Civil", explica.
Ainda segundo a prefeitura, a Operação Flanelinha, da Guarda Municipal, fruto desse mapeamento, já resultou na prisão de 52 pessoas. De janeiro a julho, foram realizadas cerca de 50 operações, resultando na abordagem a 501 pessoas e no registro de 35 ocorrências encaminhadas à Polícia Civil.