Alguns relatos de sangramentos e formação de coágulos sanguíneos foram registrados por autoridades de saúde europeias após a aplicação da primeira dose da Astrazeneca, vacina britânica contra a Covid-19 produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Diante da preocupação de parte da população brasileira, o infectologista Unaí Tupinambás divulgou um vídeo, nesta terça-feira (27), para tirar dúvidas sobre o imunizante.
Segundo o especialista, membro do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 de Belo Horizonte e professor da UFMG, a vacina está sendo analisada cuidadosamente. “Embora não saibamos quais são os fatores de risco associados a essa rara condição, ela parece ocorrer mais frequentemente em pessoas mais jovens, abaixo de 40 anos”, explicou o médico.
De acordo com Unaí, os registros podem acontecer entre quatro dias e duas semanas após a dose inicial. “Coágulos e trombose podem ocorrer de forma natural no diabético, no paciente com hipertensão, no tabagista, e ocorre com muita frequência no paciente com Covid internado no hospital”, disse.
Após o recebimento da primeira dose da Astrazeneca, a proteção é superior a 80% contra internações e mortes. Com o reforço, atinge 93% de eficácia contra os casos mais graves do coronavírus, que podem matar. “Quando chegar a sua vez, procure Unidades Básicas de Saúde e faça o uso da vacina sem nenhum receio”, afirmou Unaí Tupinambás.
Até o momento, Minas recebeu do Ministério da Saúde mais de 1,6 milhão de unidades da Astrazeneca. Diferentemente da CoronaVac, também em aplicada no Brasil, a segunda dose do imunizante da Universidade de Oxford pode ser recebida até três meses depois da primeira.
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