Após manifestação de membros do Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas (Sinparc) em frente à prefeitura de Belo Horizonte, na região Central da cidade, uma nova portaria será publicada nesta terça-feira (1º) com novas regras para a realização de eventos e shows, inclusive o teatro. A categoria questionava, ao longo da manhã desta segunda-feira (31), as medidas de combate à Covid-19 aplicadas às casas de espetáculos da capital.
"Com as atualizações, casas de teatro, de shows, de espetáculos e similares, com público sentado de até 500 pessoas, não precisarão exigir o comprovante de vacinação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 e de teste realizados até 72 horas antes da atividade, desde que não haja serviço de alimentação e de bebida. Nesses casos, o uso de máscara deverá ser permanente", afirmou a PBH, em nota.
Reivindicações
O ator e diretor do Sinparc, Humberto Placides, chegou a questionar o decreto publicado na sexta-feira (28), em que passaram a ser exigidos o teste negativo contra a Covid-19 e o cartão de vacinação para acessar casas de shows e eventos. "Isso não acontece em igrejas e cinemas, por exemplo. Eles têm o mesmo ritual do teatro, com o agravante que as pessoas tiram as máscaras nesses locais, e não nos espetáculos", afirma.
Durante o ato, dezenas de artistas, produtores e membros do sindicato seguravam cartazes em referência à Campanha, e se uniam com os dizeres: "Kalil, deixa o artista trabalhar". Outro questionamento era o fato de o teste de Covid custar mais caro que o próprio ingresso para o teatro, o que descaracterizaria a ideia popular da campanha.
Antes mesmo do fim da manifestação, os organizadores confirmaram que a PBH concordou em revisar as medidas.
A ação desta manhã aconteceu em meio a realização da 47ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança em BH. Os organizadores do evento chegaram a informar a suspensão da campanha em virtude da dificuldade de se apresentar com as restrições impostas pelo decreto. Agora, com a expectativa de mudanças, o projeto segue a programação normal, até 27 de fevereiro.
"Nós só queremos respeito pelo nosso trabalho. Agora, estamos autorizados a retomar a venda de ingressos, e vamos continuar mantendo os cuidados como sempre fizemos, com álcool em gel e máscara", explicou o ator, produtor e diretor de teatro que era uma das lideranças do movimento, Mauricio Canguçu.
*Com Lucas Prates
(Lucas Prates/Hoje em Dia)
(Lucas Prates/Hoje em Dia)
(Lucas Prates/Hoje em Dia)
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(Lucas Prates/Hoje em Dia)
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