No terceiro dia de manifestações dos camelôs no Centro de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (5), os ambulantes fizeram uma passeata por diversas ruas e pararam o trânsito em alguns pontos importantes de circulação de pessoas, carros e ônibus. Eles saíram da rua São Paulo, esquina com rua dos Carijós, e seguiram até a avenida Paraná, onde paralisaram a passagem dos ônibus Move. Em seguida, foram até a Praça Sete, parando o trânsito no principal cruzamento da capital mineira.  

Por volta das 14h, os camelôs decidiram levar o protesto para a Câmara Municipal, no bairro Santa Efigênia, onde fecharam uma das pistas da avenida Andradas.  Após negociações, foram recebidos pela vereadora Áurea Carolina (PSOL). E mais tarde, por volta das 17h, pelo o presidente da CMBH, Henrique Braga (PSDB).Lucas Prates

Presidente da CMBH, Henrique Braga, recebe comissão dos camelôs

Os camelôs manifestam contra a proibição de montarem as bancas nas ruas da cidade. A medida começou a valer no último sábado (1), mas primeiras manifestações ocorreram na segunda-feira (3).

Durante a manifestação, os ambulantes pediram para que os comerciantes abaixassem as portas das lojas. Na avenida Amazonas, esquina com rua Curitiba, no momento em que os camelôs passavam e gritavam para que as portas fossem abaixadas, um homem afirmou que não fecharia a porta da loja. Ele teria enfrentado os manifestantes e mostrado uma arma. 

Logo depois, o homem tentou fugir, saindo por outra entrada do estabelecimento, mas foi preso e encaminhado para 6ª Companhia da Polícia Militar. Com ele, os militares apreenderam uma réplica de pistola. Ele foi ouvido e liberado.

Proposta

A Prefeitura de Belo Horizonte oferece aos camelôs duas soluções. A primeira, transitória, é a instalação de camelôs em feiras nos shopping populares. O sorteio dos cadastrados deve ser nesta quinta-feira (6).

A segunda proposta, de médio prazo, é a instalação dos camelôs em shoppings populares, por meio de acordos com os estabelecimentos, que seria feito com base em uma nova lei proposta pelo Executivo à Câmara dos Vereadores.

O Projeto de Lei propõe a adoção de uma Operação Urbana Simplificada para que os proprietários dos shoppings possam construir uma área maior, ou vender a outros construtores a possibilidade de construirem em outros locais da cidade. Isso funcionaria como um crédito e seria abatido do custo do aluguel dos espaços aos camelôs.

Veja o depoimento de alguns camelôs:

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