Em reunião realizada na Cidade Administrativa, região Norte de BH, na noite desta segunda-feira (12), representantes dos servidores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) decidiram levar a proposta do governo estadual para a assembleia marcada para esta terça-feira (13), às 10h, na porta do Hospital João XXIII, no Centro da capital.
Segundo os representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Rede Fhemig (Sindpros) e da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais (Asthemg) o Governo de Minas propôs que os trabalhadores suspendam a greve até dia 31 e, em troca, a Resolução 10.730/23, que regulamenta as jornadas de trabalhos nos hospitais estaduais, perderá os efeitos. Nesse período, os sindicatos farão reuniões com o Executivo para discutir pontos da resolução.
Em nota, o Governo de Minas informou que, nesta segunda, em reunião com o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde), com o Sindpros e com a Asthemg, apresentou a proposta de suspender temporariamente os efeitos da resolução que transforma as jornadas de 12 x 60 em a carga horária de 30 horas, “conforme reivindicação apresentada pelas entidades representativas dos trabalhadores”.
“Nos termos da negociação, essas entidades terão até o dia 30 de junho para a discussão e apresentação de propostas de alteração da resolução, que sejam compatíveis com a legislação, principalmente no que se refere ao cumprimento da carga horária do cargo que é de 30h semanais, e com as limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), assegurada manutenção da prestação de serviços de saúde com a retirada dos indicativos de greve e suspensão da greve”, afirmou a nota do Executivo estadual.
Multa
Na última quarta-feira (7), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou o fim do movimento grevista dos servidores da Fhemig, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, limitada a R$ 300 mil.
Os servidores da fundação decidiram entrar em greve no início deste mês, após reclamarem da não suspensão de duas resoluções relacionadas à carga horária dos trabalhadores da saúde em Minas.
Durante a paralisação, os profissionais estão realizando escala mínima, com a promessa de manutenção do atendimento básico de pacientes internados nos hospitais estaduais e dos serviços de emergência e urgência.
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