
O fotógrafo do Hoje em Dia, de 60 anos, covardemente agredido por grupo que participa das manifestações antidemocráticas em frente à Companhia de Comando da 4ª Região Militar, na avenida Raja Gabaglia, região Oeste de Belo Horizonte, recebeu alta na manhã desta sexta-feira (6) após ficar mais de 13 horas em um hospital de Belo Horizonte.
O profissional deu entrada na unidade por volta das 18h com escoriações e um corte na cabeça, passou por uma bateria de exames, entre eles uma tomografia, e foi avaliado por clínicos e cirurgiões para descartar lesões internas. Ele também recebeu apoio de uma assistente social.
O fotógrafo, liberado na manhã de hoje, enviou um vídeo aos colegas, agradecendo mensagens de apoio e tranquilizou os amigos afirmando que está melhor, mas com dores pelo corpo devido às agressões.
Covardia
O repórter fotográfico do Hoje em Dia estava no local para fazer uma cobertura da manifestação antidemocrática que, há mais de dois meses, ocupa a via em frente ao Comando da 4ª Região Militar do Exército, quando foi covardemente agredido.
O profissional foi perseguido pelos manifestantes. Ele chegou a se esconder atrás de um carro, mas foi arrastado pelo chão e agredido com socos e pauladas. A câmera usada por ele foi levada pelos agressores, e as lentes, destruídas.
A Polícia Militar foi acionada e registrou boletim de ocorrência. Em nota, a Polícia Civil afirmou que "agentes já estão empenhados na apuração da materialidade e da autoria da agressão".
As entidades que representam os jornalistas também emitiram nota de repúdio. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) pediram que a agressão seja devidamente investigada e os responsáveis, punidos.