
Desde o fim da tarde desta sexta-feira (6), grupos de pessoas se organizaram para "fazer o movimento contrário" e limpar o prédio em que a ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, tem um apartamento, no bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O local foi alvo de protestos contra a prisão do ex-presidente Lula.
O ato deste sábado (7) vai além de limpar a calçada. O grupo de cerca de 30 pessoas, que está em frente ao prédio, também levou flores.Cartazes, colados em uma árvore, dizem: "o que o PT suja e destrói, a gente limpa e constrói".
"Queremos prestar apoio e solidariedade à ministra", afirmou Maria Dolores da Silva, de 46 anos. A limpeza da fachada do prédio, porém, que ficou suja até o terceiro andar, será liderada pelo condomínio.
Na ocasião do vandalismo, manifestantes jogaram tinta vermelha no edifício e no chão foi pintada a frase "Cármen Lúcia Golpista". As janelas do edifício também foram quebradas. O prédio do Ministério Público de Minas Gerais, na avenida Álvares Cabral, na mesma região, foi outro alvo dos pichadores, que pintaram a frase "Moro juiz dos ricos".
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No perfil da Frente Brasil Popular, no Facebook, militantes postaram que cerca de 450 manifestantes do MST e do Levante Popular da Juventude atiraram bombas de tintas nos muros e calçadas do prédio. "Não vamos dar descanso para toda essa corja que deturpa as leis para beneficiar interesses do capital. Assistimos essa semana que o Supremo é tão golpista quanto Temer", afirmou Miriam Muniz, da direção do MST, no post do Facebook. O texto traz como título a seguinte frase: "Belo Horizonte escracha a casa de Cármen Lúcia".

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