(PH Lobato)
Inspirado na tradicional Terça-feira Gorda (Mardi Gras) em Nova Orleans (Estados Unidos), o bloco Magnólia levou o jazz para esta tarde no Carnaval em Belo Horizonte. A avenida Américo Vespúcio, no bairro Nova Esperança, região Noroeste, foi invadida (no bom sentido) por foliões apaixonados pelo estilo de música.
Muitos aproveitaram a relação do bloco com Nova Orleans para exigir o fim da discriminação racial e respeito à igualdade. Outros levaram cartazes contra políticos.
Dona Rosana Zschaber não se fez de comedida ao reclamar da fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, contra as empregadas domésticas. Durante entrevista sobre a escalada do dólar, o capitão da área econômica de Jair Bolsonaro disse, no início do mês, que empregadas viajavam muito para a Disney quando a moeda americana estava em baixa.
Foi o bastante para dona Rosana se divertir no Magnólia com um cartaz ironizando a fala de Guedes: "Procura-se empregada que não goste de viajar". Ela e os familiares e amigos que curtiram o bloco se encantaram com os músicos e bailarinos.
O médico Paulo Teixeira também. Ele saiu do bairro Funcionários, região Centro-Sul de BH, para pular o carnaval ao som de jazz. "É maravilhoso! Um bom ritmo, lindas coreografias... E um ambiente agradável".
O bloco surgiu na rua homônima do bairro Santo André, mas cresceu tanto que passou a desfilar na avenida Américo Vespúcio, no Nova Esperança.