O encanto do Natal cabe em todo lugar. Mesmo que o endereço não tenha paredes, fique sob uma marquise e junto a papelões e cobertores que improvisam um lar. É na rua Sergipe, perto da Praça da Liberdade, na zona Sul de Belo Horizonte, que uma árvore com quase dois metros de altura e variados enfeites chama a atenção – ou deveria – de pedestres e motoristas. Montada na calçada por Deylon Mateus Sillos, de 21 anos, derrama esperança onde a escassez impera.
Vivendo nas ruas há três meses, o jovem ganhou a árvore de Natal de um morador da região, uma das mais valorizadas da cidade. Incrementou com papais noéis de pano, bolinhas, fitas e uma estrela, objetos que recolheu nas andanças pelo entorno.
"Ganhar um panetone ou uma roupa sempre ajuda muito, mas Natal tem que ter árvore. É o principal símbolo dessa época, que sempre nos enche de esperança", afirma o rapaz. O sonho dele? Certamente o mesmo de boa parte dos 4,6 mil homens e mulheres sem-teto da capital. “Sair das ruas e dar uma vida melhora para a minha família”, diz.
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