
Mais lenha na fogueira em torno da abordagem policial truculenta do cabo Divino Nascimento, lotado no Batalhão de Trânsito (BPTran), contra mãe e filha no último dia 17, na Estação José Cândido da Silveira, região Leste de Belo Horizonte. A Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra) criticou a atitude da chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Cláudia Romualdo, que visitou as vítimas na última segunda-feira (25).
“Essa é uma condenação pública e prematura do militar. É como se existisse um policial bom, no caso ela, e outro ruim, o cabo Divino. Foi um erro e, com certeza, feito a pedido do governo do Estado”, disparou o coordenador de Cidadania e Direitos Humanos da Aspra, subtenente Luiz Gonzaga. No dia da visita, a chefe do CPC negou que o encontro tenha sido um pedido de desculpas.
Imagens postadas nas redes sociais mostraram o envio de nove viaturas e três motos da PM à estação, para “conter” mãe e filha que entraram de carro na pista exclusiva de ônibus. Apesar de toda a repercussão negativa, a Aspra alega que o militar agiu corretamente e de acordo com a legislação em vigor. “Ele estava se defendendo das mulheres”, diz Gonzaga.
Processo
Segundo o diretor da Aspra, o departamento jurídico da associação promete ajuizar duas ações contra as vítimas: uma civil de danos morais e materiais e outra penal, por desacato. Uma audiência pública foi solicitada para tratar do assunto na Assembleia Legislativa.
A coronel Cláudia disse que não iria rebater as críticas. “A partir de agora, vamos aguardar a conclusão das apurações”, disse.
Confira a ocorrência policial sobre a agressão:
Confira a ocorrência policial sobre a agressão: