(Lucas Prates/Hoje em Dia)
Mesmo fora do período de tempo frio e seco, os atendimentos de doenças respiratórias infantis dispararam em Belo Horizonte. No Hospital João Paulo II, na região Leste da capital, centro de referência no tratamento de crianças em Minas, 70% de todas as consultas são referentes a casos de gripe, resfriado e bronquiolite.
Segundo a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), houve um crescimento de 88% nos acompanhamentos médicos na unidade de julho a novembro deste ano, saltando de 2,5 mil para 4,7 mil. Somente nos primeiros 15 dias de dezembro, são mais 2,3 mil crianças doentes – a média mensal é de 3 mil atendimentos.
Flexibilização, com pessoas nas ruas, falta do uso de máscaras e volta às aulas ajudam a explicar o cenários. Conforme o diretor do Complexo Hospitalar de Urgência do João Paulo II, Fabrício Giarola, com o retorno às aulas presenciais, a propagação dos vírus cresceu, algo que já era esperado pelas autoridades de saúde. “Aguardávamos um aumento, só não sabíamos que seria tanto”, afirmou.
De acordo com o gestor, esse crescimento atinge principalmente o público de até 5 anos e é atípico para essa época do ano. “É esperado entre março e julho, que é a sazonalidade de doenças respiratórias infantis”. A expectativa é que em janeiro ocorra uma queda no número de casos, com novo pico previsto para março.
Os pais devem ficar atentos a sintomas como coriza, tosse, espirro, dor de cabeça e febre. Segundo o infectologista Adelino Melo Freire Júnior, diretor-médico da Target Medicina de Precisão, é necessário procurar assistência médica em caso de dificuldade respiratória, cansaço que reflete na respiração e quadro de prostração.
Além disso, o médico lembra a importância de manter o cartão de vacinação das crianças em dia. “Temos diversas vacinas que trazem impacto contra doenças respiratórias, prevenindo contra meningite e pneumonia, por exemplo”.
As medidas de proteção contra a Covid-19, como higienização das mãos e o uso de máscaras, também devem ser mantidas.
Toda população
Dados da Secretaria Municipal de Saúde de BH apontam que, de setembro a dezembro, foram registrados 102 mil atendimentos de pacientes com gripe, aumento de 10,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A pasta afirma que a situação é de alerta.
Os atendimentos incluem diagnósticos de gripes causadas por influenza e outras manifestações respiratórias por vírus identificados ou não, além de pneumonias virais e infecções agudas das vias aéreas inferiores não especificadas.
* Com Raquel Gontijo
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