Sem nova data

Audiência de falsa enfermeira que enganou empresários com vacina contra Covid é adiada

Suspeita aplicou soro fisiológico em vez de vacina contra a Covid em empresários e políticos da capital

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
01/02/2024 às 14:56.
Atualizado em 01/02/2024 às 15:25
 (Redes Sociais / Reprodução)

(Redes Sociais / Reprodução)

A audiência que julgaria a falsa enfermeira Cláudia Mônica Pinheiro, acusada de aplicar falsas vacinas contra a Covid em empresários e políticos de Belo Horizonte durante a pandemia não vai mais acontecer. Sessão marcada para esta quinta-feira (1º) foi adiada após um pedido do Ministério Público e da Defensoria Pública. 

A previsão era que pelo menos seis réus fossem interrogados, além de  24 testemunhas ouvidas. A investigada participaria por videoconferência. Segundo informações do Fórum Lafayette, uma nova data para o julgamento ainda será informada pela Justiça.

O caso

As investigações começaram após uma reportagem da revista Piauí, publicada em 24 de março de 2021, ter revelado, por meio de vídeos, a vacinação clandestina de empresários e políticos dentro de uma das garagens de uma empresa de transporte.

Após investigações da Polícia Federal (PF), a mulher acusada de aplicar vacinas contra a Covid-19 foi presa e encaminhada à penitenciária Estevão Pinto, na capital mineira. Ela poderá cumprir até 15 anos de reclusão, se condenada, por suspeita de importação ilegal, desvio das doses ou falsificação.

Agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão na casa da suposta enfermeira e do filho, além de em uma clínica de BH. Entre o material apreendido com os suspeitos estão cartões de vacinação com indicação da aplicação das doses do imunizante com o nome da Pfizer, seringas e caixas térmicas com as vacinas.

Os objetos foram encaminhados à perícia para identificação da substância. Empresários admitiram a aquisição dos medicamentos de procedência ilícita e que o valor cobrado por duas aplicações foi de R$ 600. 

Ainda de acordo com a PF, a mulher, uma cuidadora de idosos que se passava por enfermeira, tem passagem por furto e também teria comercializado vacinas ilegais para outras pessoas, além dos investigados na operação “Camarote”.

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