Na ALMG

Audiência debate impactos da transferência de pacientes infantis do João Paulo II, em BH

Reunião será realizada às 14h, na sede da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 31/08/2025 às 16:10.Atualizado em 31/08/2025 às 16:23.
 (Henrique Chendes/ ALMG)
(Henrique Chendes/ ALMG)

A Comissão de Direitos Humanos debate em audiência pública, na segunda-feira (1°), os possíveis impactos da transferência dos 16 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Infantil João Paulo II, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, para o Hospital João XXIII. A reunião será realizada às 14h, na sede da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 

A audiência, requerida pelas deputadas Beatriz Cerqueira (PT) e Bella Gonçalves (Psol) e pelo deputado Lucas Lasmar (Rede), é um desdobramento de visita técnica que outra comissão, a de Administração Pública, fez ao hospital na última sexta-feira (29). O objetivo era verificar o andamento de obras previstas no local e apurar como foi feita a transferência de crianças para o João XXIII.

O Hospital João Paulo II fica na Alameda Ezequiel Dias, no Centro de Belo Horizonte, e integra a rede da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). O fechamento da UTI pediátrica seria temporário, em função de obras na unidade. A intervenção está prevista para durar 60 dias. 

Os servidores da unidade, porém, teriam sido pegos de surpresa. Conforme o Sindsaúde-MG, sindicato da categoria, trabalhadores temem que se repita no João Paulo II a situação do bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins, fechado há oito meses por causa de obras e até hoje não reaberto.

A deputada Beatriz Cerqueira fez representação ao Ministério Público de Minas Gerais, por meio da Promotoria de Defesa da Saúde, e ao Tribunal de Contas do Estado pedindo a apuração de possíveis irregularidades na transferência das crianças.

Para a audiência desta segunda, foram convidados representantes do Governo do Estado, inclusive o secretário de Saúde, Fábio Baccheretti Vítor, de servidores e do Ministério Público, entre outros.

Fhemig afirma que medida integra ‘processo de modernização da rede’

Segundo a Fundação Hospitalar de Minas (Fhemig) a medida é temporária e integra um processo de modernização da rede. No entanto, a situação preocupa o Sindicato dos Trabalhadores (Sindsaúde-MG). A categoria critica a falta de transparência e teme um fechamento definitivo do complexo.

A Fhemig afirma que os pacientes foram realocados para permitir a instalação do sistema eletrônico de gestão hospitalar Tasy - que gerencia os dados assistenciais da rede, algo que exige adequações estruturais e elétricas no prédio. O prazo para conclusão das intervenções é de cerca de 60 dias. 

A fundação garante que o João XXIII tem estrutura e equipe suficientes para absorver a demanda, sem prejuízo ao atendimento. “Neste momento, o Complexo de Urgência da Fhemig dispõe de oito leitos vagos de UTI pediátrica, assegurando a plena capacidade de atendimento às crianças que necessitem desse tipo de cuidado especializado”, informou, em nota.

A entidade também destacou que os servidores foram informados sobre a medida em reuniões, registradas em atas, e que não houve prejuízo na assistência durante a transferência. O pronto atendimento do João Paulo II continua em funcionamento.

Leia mais: 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por