Minutos após a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciar, na tarde desta quarta-feira (19), o aumento na passagem de ônibus, o presidente da Câmara Municipal, vereador Gabriel, publicou nota sugerindo que o prefeito Fuad Noman "se rendeu" aos empresários do transporte público e o chamou de covarde.
Além disso, afirmou que a Câmara não vai aceitar o pagamento de meio bilhão de reais para empresários de ônibus "sem contrapartida nenhuma".
"A decisão de aumentar a tarifa é exclusiva do prefeito, que poderia ter decidido o contrário. Condicionar esse valor, que mais se assemelha a um assalto, ao Poder Legislativo é uma história que não cola, pois a cidade sabe como os empresários de ônibus atuam em Belo Horizonte há anos. Quem se alinha ao empresariado de ônibus se coloca contra o povo. O prefeito, de maneira covarde, aceitou a chantagem que todos conhecemos, enquanto deveria partir para a anulação do contrato", criticou o presidente da Câmara Municipal.
Gabriel acusou Fuad de ter copiado a ideia sugerida por ele "de ampliação de benefícios de inclusão e a tarifa zero para vilas e favelas" e cobrou esclarecimentos a respeito do valor da tarifa que estaria garantido no Projeto de Lei 538/23.
"Não está. Não existe nenhuma garantia de que a aprovação do projeto diminua, mantenha ou mude o preço da passagem. Basta ler a proposição", destacou.
"Se o prefeito quer ficar de joelhos diante dos empresários de ônibus, saiba que a Câmara Municipal não vai se curvar. Qualquer cidadão corajoso fará o mesmo. Alguém precisa enfrentar essa turma que explora o povo há gerações dizendo o que deve ser feito. Belo Horizonte perde tempo e recursos com um covarde sentado na cadeira de prefeito", finalizou o vereador Gabriel.
O Hoje em Dia pediu à Prefeitura da capital um posicionamento a respeito da nota publicada pelo vereador. Não houve retorno até a publicação desta reportagem.