(Reprodução redes sociais)
O relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) que investigou as causas da queda da aeronave que matou a cantora Marília Mendonça apontou “avaliação inadequada” do piloto durante aproximação para pouso, que o contribuiu para o acidente.
Mais cedo, advogado da família da cantora afirmou que o laudo não apontou falha humana como causa do acidente. No relatório, o Cenipa não cita erro do piloto, mas informa a avaliação inadequada.
No que diz respeito ao perfil de aproximação para pouso, houve uma avaliação inadequada acerca de parâmetros da operação da aeronave, uma vez que a perna do vento foi alongada em uma distância significativamente maior do que aquela esperada para uma aeronave de “Categoria de Performance B” em procedimentos de pouso sob VFR.
Ainda de acordo com o documento o piloto teria buscado um pouso mais confortável para os passageiros. A decisão foi tomada de acordo com a experiência do profissional.
"Considerou-se que ele pode ter optado por alongar a perna dovento a fim de buscar uma aproximação final mais longa, a qual tende a ser mais confortável para os passageiros. (...)Naquele cenário (...) existe a possibilidade de tal decisão ter sido tomada devido a um processo inconsciente gerado pelas experiências das aproximações realizadas durante um longo período no qual operou na Aviação Regular".
Na conclusão do relatório o Cenipa ressalta que os pilotos estavam qualificados e possuíam experiência no tipo de voo.
Em nota, o Cenipa afirmou que o relatório não aponta culpados e visa a prevenir futuros acidentes. Afirma ainda que não se dispõem a comprovar qualquer causa provável de um acidente, mas indicam “possíveis fatores contribuintes que permitem elucidar eventuais questões técnicas relacionadas à ocorrência aeronáutica”.
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