Em Nova Lima

B3/B4: 1ª barragem da Vale a entrar em nível máximo de emergência é 100% descaracterizada

Com a conclusão destes trabalhos, empresa iniciará as atividades para retirada da Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ) construída no Ribeirão Macacos

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
13/05/2024 às 15:08.
Atualizado em 13/05/2024 às 15:18
Barragem B3/B4: 3,3 milhões de metros cúbicos de rejeito foram removidos da estrutura (Divulgação/Vale)

Barragem B3/B4: 3,3 milhões de metros cúbicos de rejeito foram removidos da estrutura (Divulgação/Vale)

A Vale informou, nesta segunda-feira (13), ter concluído as obras de descaracterização da barragem B3/B4, da Mina de Mar Azul, que havia sido classificada com o nível máximo de emergência em 2019. Na ocasião, mais de 100 famílias precisaram sair de casa preventivamente. 

A mineradora informa que esta foi a primeira barragem da Vale a ser eliminada após entrar em nível máximo de emergência. 

Com a conclusão da descaracterização da barragem B3/B4, a empresa iniciará as atividades para retirada da Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ) construída no Ribeirão Macacos, no distrito de Macacos, em Nova Lima (MG). O objetivo, com a retirada da ECJ, é reintegrar a área ao entorno e diminuir o impacto visual, recompondo, o máximo possível, a topografia original da área. 

Além da descaracterização da barragem, a empresa firmou acordo, em dezembro de 2022, no valor de R$ 500 milhões para ações de reparação no distrito, tendo como foco transferência de renda, requalificação do comércio e turismo e fortalecimento do serviço público municipal, além de demandas das comunidades atingidas.

O acordo foi firmado em audiência no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, com a participação do Ministério Público de Minas Gerais, Defensoria Pública do Estado, Município de Nova Lima e Ministério Público Federal. 

A mineradora informou que todas as estruturas a montante da Vale no Brasil estão inativas e são monitoradas permanentemente pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) da empresa. As soluções são customizadas para cada estrutura e estão sendo realizadas de forma cautelosa, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente.

Menos impacto

O projeto escolhido para descaracterizar a ECJ priorizou a solução com menos impacto para a comunidade e o meio ambiente e com maior viabilidade técnica, contemplando o aproveitamento de todo o material e evitando o tráfego de equipamentos pesados nas estradas e rodovias do entorno. 

A Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ) começou a ser construída em 2019, de forma emergencial, e foi concluída em 2020. Ela teve um papel importante para descaracterização da barragem B3/B4, garantindo que o meio ambiente e as pessoas a jusante da estrutura estivessem seguros em caso de acidente durante as atividades de eliminação da barragem.  

Desde o início, a ECJ em Macacos foi construída para ser uma estrutura temporária, uma vez que a eliminação dos riscos representados pela barragem B3/B4 tornam a contenção desnecessária. Além disso, a retirada da contenção é importante para garantir a reintegração do local ao meio ambiente.  

As Estruturas de Contenção a Jusante (ECJs) das barragens da Vale fazem parte do Programa de Descaracterização de Barragens a Montante da empresa e seguem as normas vigentes no que se refere à adoção de medidas para reduzir possíveis impactos em caso de eventual rompimento. Nesse cenário, as ECJs cumprem o papel de conter os rejeitos. Elas foram concebidas e construídas de forma emergencial e acompanhadas pelas empresas de auditoria independentes que fazem parte dos Termos de Compromisso firmados com o Ministério Público do Estado de Minas Gerais. As contenções são descomissionáveis, ou seja, podem ser desmontadas quando não forem mais necessárias.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por