Bebê baleado em chacina não corre risco de morrer, afirma mulher que fez o socorro

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
24/11/2018 às 16:38.
Atualizado em 28/10/2021 às 02:18
 (Leonardo Alvarenga/ Divulgação)

(Leonardo Alvarenga/ Divulgação)

O bebê de três meses que foi baleado em uma chacina que terminou com a mãe, o padrasto e outras duas pessoas mortas na noite dessa sexta-feira (23), em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, passou por cirurgia, segue internado, mas não corre risco de morrer. A afirmação é da mulher que fez o socorro do bebê assim que o mesmo foi atingido pela bala no pulmão. 

Por telefone, a jovem, de 21 anos, que entrou na casa e socorreu o bebê, contou que acompanhou o atendimento médico - ele foi levado, primeiramente, ao Hospital São Judas Tadeu, na própria cidade, e em seguida, encaminhado ao Hospital de Pronto Socorro João XXIII, na capital - e que o estado de saúde do menino está progredindo. 

Segundo ela, os médicos que fizeram a cirurgia no HPS afirmaram que o bebê não corre mais risco de morrer. Ainda não há informações oficiais do hospital. 

Investigação segue

A Polícia Civil investiga o crime. Segundo o órgão, a equipe de policiais realiza diligências e testemunhas estão sendo ouvidas. A polícia também informou que o levantamento de informações está "bem avançado", mas não será divulgado para não prejudicar as investigações. 

Em relação aos corpos das quatro vítimas, o IML informou que três deles já foram identificados e liberados. Apenas o corpo da mãe das crianças aguarda liberação a partir de documentos, que serão trazidos pela irmã, que está vindo de São Paulo. 

O caso 

Na noite dessa sexta-feira, quatro pessoas foram mortas em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Uma menina de oito anos assistiu à chacina e uma bebê, de três meses, foi baleada e está internada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na capital. 

De acordo com a Polícia Militar (PM), a execução se deu na casa em que a menina morava com a mãe. O crime ocorreu por volta de 22h30, na rua Idelfonso Fernandes da Silva, no bairro Veneza. Única testemunha do crime, a criança contou aos policiais que estava na sala da residência com a mãe, o padrasto e o irmão, quando escutou barulho de tiros. 

Logo em seguida, um casal que estava na casa tentou fugir dos disparos, mas acabou caindo no chão da sala. Conforme a PM, os dois autores da ação mandaram que a criança fosse para um quarto da casa “se não quisesse morrer”. Do cômodo, a menina escutou mais tiros e, quando retornou à sala, viu a mãe e o padrasto mortos. 

Antes de deixarem o imóvel, os atiradores falaram para a criança avisar ao pai, que está preso, que quando deixar o cárcere também será morto. Os homens fugiram em um Palio roubado que foi encontrado abandonado na BR-040, próximo ao bairro Francisadriângela, ainda em Ribeirão das Neves. 

Ao todo, segundo a Polícia Militar, foram disparados mais de dez tiros de calibres 380 e nove milímetros. As vítimas foram feridas na cabeça e no pescoço. O bebê de dois meses foi baleada no abdômen. Inicialmente, a criança foi levada ao Hospital São Judas Tadeu, em Ribeirão das Neves. Mas, devido a gravidade dos ferimentos, foi socorrida ao HPS, em Belo Horizonte. O estado de saúde não foi informado. 

O motivo da chacina não ficou esclarecido. Entretanto, a corporação informou que a mãe da criança e do bebê estava com tornozeleira eletrônica. Os outros três mortos também tinham histórico criminal. Os dois homens que foram responsáveis pela chacina não foram encontrados. Porém, segundo a PM, um dos assassinos foi identificado pela criança, sendo um ex-funcionário de um comércio que a mãe tinha em um aglomerado próximo a casa da família.

(Com Simon Nascimento)

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