75 leitos ocupados

Belo Horizonte registra aumento de 19% em internações por Covid nas UTI's

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
08/07/2022 às 13:48.
Atualizado em 08/07/2022 às 14:57
 (Rovena Rosa/Agência Brasil)

(Rovena Rosa/Agência Brasil)

Hospitais de Belo Horizonte voltaram a registrar aumento de internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) por pacientes contaminados pela Covid-19. A informação é do boletim semanal do Comitê Popular de Enfrentamento à Covid-19 divulgado nesta sexta-feira (8).

O documento revela que da semana de 30 de junho a 7 de julho de 2022 o número de ocupação dos leitos de UTI Covid saltou de 63 para 75, um aumento de 19%, maior taxa desde o início do monitoramento ocorrido em março. O número de pacientes ligados à ventilação mecânica também saltou de 34 para 45. 

Ainda segundo o boletim, nos últimos dias a taxa de incidência da Covid-19 em BH está em 448 casos por 100 mil habitantes. Já a velocidade atual da pandemia também aumentou em relação à semana passada, e o RT está em 1,8, nível vermelho. 

Para o infectologista e integrante do Comitê Popular, Unaí Tupinambás, o aumento da ocupação no sistema de saúde é reflexo do crescimento de diagnósticos positivos de coronavírus na capital. 

"A gente tinha a expectativas de que esse número caísse nesta semana, mas fomos surpreendidos pelo aumento dos casos e consequentemente das ocupações. Essa taxa é reflexo de contaminações ocorridas nos últimos 10 dias", conta. 

O infectologista explica que as variantes BA.4 e BA.5 do coronavírus também podem estar por trás da nova explosão de diagnósticos positivos que vemos, não só em BH, mas em todo o Brasil. 

"Há um indicativo de escape vacinal, considerando que os imunizantes hoje aprovados para uso foram desenvolvidos quando ainda estavam em circulação as primeiras cepas do Sars-Cov-2. Sem contar as pessoas que não completaram o esquema vacinal ou nem mesmo tomaram a primeira dose", pontua.

Unaí Tupinambás ressalta que, diante do aumento de casos, é preciso reforçar a cobertura vacinal. Ele lembra que as vacinas protegem de casos graves, reflexo disso, segundo ele, é a estabilidade na taxa de mortalidade, que está em 14 a cada 1 milhão de habitantes. 

"Chegamos hoje com a redução da mortalidade, mas o Brasil ainda tem uma média de morte diária muito grande. Por isso, a gente entende que não é momento de regredir isolamento social, mas, sim, de usar máscara, higienizar as mãos, fazer teste caso tenha sintoma e reforçar a vacinação", alerta. 

Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que disponibiliza os dados no boletim epidemiológico, no portal da PBH

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