BH aplicou 2ª dose em metade da população, mas é preciso atingir 80% para barrar contágio da Covid

Marina Proton
mproton@hojeemdia.com.br
24/09/2021 às 07:48.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:56
 (GovSP/Divulgação)

(GovSP/Divulgação)

Metade da população adulta de Belo Horizonte está com o esquema vacinal contra a Covid-19 concluído. Por aqui, 1,2 milhão de pessoas receberam as duas doses ou dose única, da Janssen. A imunização, mesmo longe de estar completa e ainda distante do considerado “ideal”, já impacta diretamente na evolução e nos números da pandemia em BH. 

Segundo especialistas, o atual cenário também deve fazer com que a capital enfrente o avanço da variante Delta. Na cidade, mais de 2 milhões de pessoas, considerando adultos com mais de 18 anos, já foram convocadas para a aplicação, ao menos, da primeira dose.

“Estes dados são bem animadores. Ainda estamos sob a ameaça da variante Delta, mas já nos mostram que ela está tendo comportamento diferente dos outros países. Então, mais do que nunca, é importante avançar na vacinação. E, para proteção mais efetiva, temos que ter as duas doses aplicadas”, considerou o infectologista e integrante do Comitê de Enfrentamento à doença em BH Unaí Tupinambás. 

“Ainda assim, é preciso que as pessoas sigam com as medidas de proteção, como uso de máscara”Paulo Roberto Lopes - Médico

Nesse ritmo, a expectativa é de que a capital tenha de 80% a 90% dos adultos completamente imunizados até novembro. Assim, BH pode chegar, em breve, a números mais animadores no combate ao vírus, avalia o médico e diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da PBH, Paulo Roberto Lopes Corrêa. 

Objetivo

“Alguns estudos têm mostrado que o ideal é que, pelo menos, 80% tenham as duas doses da vacina. Com isso, você consegue diminuir muito a transmissão do vírus. E como muitas pessoas ainda estão sendo convocadas, a gente espera que pelo menos essa porcentagem de adultos tenha tomado a segunda dose até novembro”, disse, considerando, ainda, que a campanha na capital tem seguido de forma positiva. 

“Tanto é que nossos indicadores de vacinação estão bons. Isso reflete na taxa de ocupação, internação e redução de óbitos. Ainda assim, é preciso que as pessoas sigam com as medidas de proteção, como uso de máscara”, observa.

Em atraso 

O recado é mais direto para quem está com dose em atraso e precisa comparecer aos postos para regularizar a imunização. Em BH, segundo o último dado divulgado pela prefeitura, ao menos 37 mil pessoas estavam com o esquema vacinal incompleto. 

“A importância é para a saúde individual, além do ponto de vista econômico, inclusive, para a cidade. As pessoas vão poder voltar a o trabalho, mas vão ter que manter as medidas, porque temos a questão das variantes, que ainda estão circulando”, afirmou, reforçando que a vacina ajuda a evitar formas graves da doença. “Então a gente faz esse apelo para que as pessoas completem o esquema vacinal”, enfatizou. 

Além disso:

A vacinação contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos é “questão de tempo”. A expectativa é do secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti. Nesta semana, a Pfizer e a BioNTech comunicaram que a vacina desenvolvida pelas empresas induz a uma resposta imune robusta nesse público.

Por enquanto, o imunizante só é aplicado em adolescentes de 12 a 17 anos no Brasil, conforme orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

“Provavelmente, as crianças abaixo de 12 anos também serão imunizadas, porque a Pfizer mostrou em estudos que é segura para esse público. Então, há uma expectativa sim da aprovação”, disse o secretário, afirmando ainda que o Estado iniciará a aplicação tão logo tenha uma autorização. 

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