Após aumento nos atendimentos e internações de doenças respiratórias, a Prefeitura de Belo Horizonte decretou situação de emergência em saúde pública. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (30) e tem prazo de 180 dias, podendo ser prorrogada. Há dois dias, Contagem, na Grande BH, também decretou emergência devido ao crescimento expressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
“Fica declarada a existência de situação anormal caracterizada como situação de emergência em Saúde Pública no Município de Belo Horizonte, devido à grande pressão de demanda em toda a rede de saúde ambulatorial e hospitalar ocasionada pelo aumento significativo e abrupto do número de casos de SRAG, nas unidades assistenciais de saúde”, diz o documento.
Com isso, caberá à Secretaria Municipal de Saúde instituir diretrizes gerais para a execução das medidas de enfrentamento, podendo, inclusive, editar normas complementares, além de poder ampliar a internação em leitos clínicos e em Unidades de Terapia Intensiva pediátrica e adulta.
Durante o período a prefeitura também poderá realizar contratações de profissionais para o Sistema Municipal de Saúde, por prazo determinado e ampliação da carga horária dos contratos administrativos vigentes.
Nessa terça-feira (29), a Prefeitura já havia anunciado a abertura de 30 novos leitos de enfermaria pediátrica, 20 no Hospital Metropolitano Odilon Behrens e 10 no Hospital da Baleia.
A prefeitura ainda reforça que os 153 centros de saúde e as nove UPAs do município estão preparadas para atender as pessoas com sintomas respiratórios.
Contagem também decretou emergência devido a aumento de doenças respiratórias
Na última segunda-feira (28), a Prefeitura de Contagem decretou emergência em saúde pública devido ao crescimento expressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente entre o público infantil. Em abril, o Centro Materno Infantil (CMI) registrou 3.240 atendimentos por doenças respiratórias.
O número representa um aumento superior a 54% em comparação com a média mensal dos meses anteriores, de aproximadamente 2.100 casos. Em março de 2025, o número já havia subido para 2.758. O anúncio foi feito pela prefeita Marília Campos durante visita ao Centro Materno Infantil (CMI).
A medida permite a adoção imediata de ações emergenciais para ampliar o atendimento nas unidades de urgência e emergência da cidade e garantir assistência adequada à população, incluindo a contratação de profissionais, a aquisição rápida de insumos e medicamentos e a ampliação da rede de atendimento, com foco nos serviços de urgência pediátrica.