BH lidera acessibilidade em ônibus, mas falta qualidade no serviço

Renato Fonseca - Hoje em Dia
07/09/2013 às 07:49.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:44

Belo Horizonte é a capital da região Sudeste com o maior número de ônibus adaptados para receber deficientes físicos. Pouco mais de 80% da frota tem rampas e elevadores para o embarque e desembarque de cadeirantes. Em Vitória e no Rio de Janeiro, 65% dos veículos têm o sistema e, em São Paulo, 62%. Porém, a maior acessibilidade da metrópole mineira não é sinônimo de qualidade no serviço prestado.   Usuários e representantes do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conped) denunciam que são constantes os flagrantes de aparelhos com defeito, além de uma precária fiscalização. “Recebemos reclamações diárias de elevadores inoperantes e de funcionários que não sabem operar o equipamento. E o pior, a BHTrans só faz vistorias quando é acionada por meio de denúncia”, afirma a presidente do Conped, Kátia Ferraz.   Quem utiliza o sistema também reclama. O autônomo Carlos Antônio Guilherme, de 51 anos, trabalha no bairro Santa Efigênia, região Leste, e mora no bairro Ipê, Nordeste de BH. O cadeirante utiliza seis ônibus diariamente e diz sempre passar por dificuldades. “Às vezes, preciso esperar mais de 40 minutos para conseguir um ônibus adaptado. Não bastasse esse sofrimento, muitos estão com defeito e preciso que alguém me ajude a embarcar”.   A BHTrans orienta os usuários a sempre entrar em contato com a prefeitura – por meio do telefone 156 – quando perceber problemas nos elevadores dos veículos. Segundo a empresa, toda reclamação gera uma vistoria “surpresa e imediata”, que acontece em até três dias. O diretor de Transporte Público da BHTrans, Daniel Marx, rebate as críticas da falta de fiscalização.   De acordo com Marx, operações diárias ocorrem todas as noites nas garagens das empresas, além das vistorias, algumas programadas e outras feitas após informações dos passageiros. “As reclamações diminuíram muito. Há um ano e meio, todas as empresas são obrigadas a fazer um checklist (lista de checagem) antes de cada veículo seguir o itinerário. E, claro, o elevador é um dos itens analisados”, diz Daniel Marx.    Leia mais na Edição Digital

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